31 JAN 2022
No dia 13 de janeiro de 1956, Juscelino Kubitschek, finalmente, era empossado presidente do Brasil, assegurado pelo Movimento de 11 de Novembro.
Com 33,8% dos votos, em 3 de outubro de 1955, o mineiro conhecido por revolucionar a gestão pública em Belo Horizonte, como prefeito, e de Minas Gerais, como governador, foi eleito presidente.
Seus principais adversários, Juarez Távora e Ademar de Barros, obtiveram, respectivamente, 28,7% e 24,4% dos votos, seguidos de Plínio Salgado, com 8,28%.
Carlos Lacerda articulou para evitar a posse de Juscelino, sob o argumento de que ele não obteve a maioria absoluta — o que a lei não exigia.
Diante da convulsão política, Nereu Ramos foi empossado presidente do Congresso, e este reconduziu Henrique Lott para ministro da Guerra.
A situação voltou a ficar tensa com a melhora do estado de saúde de Café Filho, que se comentava enfermidade falsa para tramar um golpe. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, a “possibilidade de um eventual retorno à presidência de Café Filho, também envolvido nas articulações contra a posse dos eleitos, foi afastada mediante a aprovação, pela Câmara e pelo Senado, de resolução que solicitava o seu afastamento”.
Nos bastidores, ferviam que articulações de forças civis da União Democrática Nacional (UDN) e militares preparavam golpe para evitar a posse.
Nereu Ramos, então, obteve a aprovação do Congresso para decretar estado de sítio por 30 dias. O ministro Henrique Lott deu um contragolpe nas intenções da UDN, em nome de proteção à democracia.
Assim, no dia 7 de janeiro de 1956 o TSE proclamou os resultados oficiais do pleito de 3 de outubro e proclamou os resultados oficiais das eleições. Juscelino e o seu vice João Goulart, então, assumiram o comando do país no dia 31 de janeiro de 1956.
Movimento de 11 de Novembro
Assim descreveu o InfoEscola:
- Tanto Café Filho como Carlos Luz tinham afinidades com a idéia de impugnar a vitória de Juscelino e Goulart, o que representava um perigo. O general Henrique Lott ficou descontente com toda a situação e apresentou seu pedido de demissão, mas os generais Odílio Denys e Olympio Falconiére se reuniram para evitar a demissão do general Lott, pois um golpe se aproximava. Além disso, nessa reunião ficou decidido ocupar pontos importantes do Rio de Janeiro para pressionar o governo a respeitar a disciplina militar. O general Lott recuou do pedido e decidiu liderar tal movimento planejado no dia 10 de novembro. Já durante a madrugada do dia 11 de novembro o general Lott ordenou o cerco ao Palácio do Catete, a ocupação dos quartéis de polícia e da sede da companhia telefônica. Tal evento ficou conhecido como Movimento 11 de Novembro, Contra-Golpe ou Preventivo do Marechal Lott.
Com a situação plenamente desfavorável, Carlos Luz, Carlos Lacerda, alguns ministros e o coronel Mamede embarcaram no cruzador Tamandaré às 9 horas da manhã rumo a Santos, para de São Paulo tentar organizar uma resistência. Mas a tentativa foi frustrada pela ação do general Falconiére que chegou primeiro em São Paulo obrigando o cruzador Tamandaré voltar ao Rio de Janeiro. Tal fato marcou a vitória do general Henrique Lott.
Autor(a): Eliana Lima
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