Polícia

Homem que matou policial foi condenado a 37 anos de prisão, TJ reduziu para 16 e juiz liberou para semiaberto

04 JUL 2022

Foto: Momento da prisão

Diante do assassinato do policial penal Queiroz Santos, 42 anos, em Nova Cruz, pelo condenado de Justiça Alberto Arnod dos Santos, noite de sábado (2), escrevi no Twitter:


Vejam vocês: o homem que matou ontem um policial penal em Nova Cruz (RN) é condenado de Justiça a 37 anos de prisão. Mas estava solto, com uma tornozeleira que ele tirou.


Titular da Vara de Execuções Penais de Natal, o juiz Henrique Baltazar corrigiu:


- Correção: ele fora condenado a essa pena, mas a Câmara Criminal do TJRN a reduziu para 16 anos.


Perguntei: e por que está solto? E não há acompanhamento pela tornozeleira?


Respondeu:


- Estava no semiaberto há vários meses, concedido pelo juiz de Nísia Floresta com concordância do MP, e tornozelado.


Comentei: situação terrível para a população com bandidos sendo liberados por benefícios de leis que colocam a vida de cidadãos em alto risco.


No que o magistrado respondeu:


- As sociedades precisaram evoluir para entender que a pena precisa ser compatível com cada tipo de crime, mas não se consegue prever se alguém voltará a praticá-los. E, sim, a mim também parece que nossa lei é benefíca demais com criminosos.


Respondi: tanto que estamos constantemente sendo vítimas dessas leis.


Em tempo


Durante a prisão de Alberto Arnod, foram encontradas na casa dele a tornozeleira, que foi retirada, é uma arma de calibre 12.


E o controle da tornozeleira?


Regulamentada no Código Penal brasileiro em 2010, foi pensada para diminuir a superlotação das penitenciárias e reduzir gastos do sistema prisional, já que os investigados/condenados poderiam ficar em prisão domiciliar e serem monitorados 24 horas por dia. Depois passou a ser utilizada também no regime semiaberto.


Dentro existe um cabo de fibra óptica que emite sinal o tempo todo e, em caso de rompimento, a central de monitoramento é avisada imediatamente e a pessoa é considerada foragida. 


Aí a pergunta que não quer calar: o que está acontecendo com o monitoramento, diante de já alguns casos de tornozeleiras rompidas e os condenados circulando livremente?


A arma e a tornozeleira encontradas na casa de Alberto Arnod:



Autor(a): Eliana Lima



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