Polícia

Investigação aponta que PCC injetou R$ 8 bilhões em campanhas eleitorais de 2024

12 MAI 2025

Foto: BZN

Lupas de investigação conduzida pela Polícia Civil de São Paulo e pelo Ministério Público Estadual revelaram que o Primeiro Comando da Capital (PCC) movimentou cerca de R$ 8 bilhões em um esquema de lavagem de dinheiro para financiar campanhas eleitorais nas eleições municipais de 2024, com a intenção de infiltrar aliados em cargos públicos estratégicos para garantir influência política e facilitar contratos fraudulentos.

Segundo a PCSP e o MPSP, o esquema envolvia a fintech ilegal 4TBank e outras 19 empresas de fachada. Essas estruturas eram utilizadas para mascarar a origem criminosa dos recursos e viabilizar o repasse a campanhas em municípios como Mogi das Cruzes, Ubatuba e Santo André. Lembrar que o cadáver do ex-prefeito Celso Daniel, de Santo André, continua insepulto no assassinato ocorrido em m 2002 e até hoje não esclarecido. E pelo menos sete pessoas ligadas direta ou indiretamente ao caso morreram em circunstâncias suspeitas.

Mas isso é outra coisa!

A investigação que teve resultado apresentado nesta segunda-feira (12) começou em junho de 2023, após a prisão de Fabiana Lopes Manzini, esposa de Anderson Manzini, o “Gordo”, integrante do PCC preso desde 2002. No celular dela, a polícia encontrou mensagens que apontam o envolvimento de João Gabriel de Mello Yamawaki, primo de Anderson e apontado como o principal operador financeiro da facção no esquema.

Segundo o Ministério Público, ao menos três candidatos teriam sido diretamente beneficiados pelo dinheiro do PCC. Os promotores afirmam que o plano da facção era ampliar sua influência na política local e, com isso, facilitar operações ilícitas por meio de contratos públicos.

Até o momento, 19 pessoas foram denunciadas por envolvimento na organização criminosa, e as investigações continuam. As autoridades buscam identificar novos beneficiários e desarticular a estrutura financeira do grupo. 

Autor(a): BZN



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