O jornalista israelense Liel Leibovitz conversou por horas com jovens que estiveram no festival de música que foi invadido por terroristas do Hamas no sul de Israel, por volta das 7h da manhã de sábado (7). 

Ele conta que pelo menos um deles parou no meio da conversa e não foi capaz de continuar suas lembranças.

Leibovitz lembra que a festa estava no auge, o que significava que a essa altura a maioria das pessoas estava embriagada.

A princípio, os participantes ouviram forte explosão, que consideraram ser outro ataque esporádico de foguetes ao sul do país. Mas as explosões ficaram mais altas e constantes, e continuaram por cerca de cinco minutos. A música parou e a polícia que protegia as cerca de 5 mil pessoas começou a pressionar todos para saírem. 

Os terroristas, entretanto, “aproximavam-se em camionetas com símbolos militares do Hamas. As filmagens começaram. Muitos foram executados no local. 260 corpos foram encontrados, até agora, no local da rave. Muitos dos rapazes e moças começaram a correr na extensão plana do deserto ocidental de Negev”.

Muitos foram capturados, amarrados e sequestrados. “Vi vídeos de um homem sendo segurado por um grupo de crianças árabes. Tipo, eles têm 16, 17 anos”, lembra um sobrevivente. “Eles são crianças, mas já são jovens, e estão segurando esse cara, e parece que sua namorada está sendo montada em uma bicicleta e afastada dele. Deus sabe o que ela vai vivenciar…”. Foi a cena que chocou o mundo.

O jornalista ouviu que mulheres foram estupradas na área da rave ao lado dos corpos de seus amigos. “Várias destas vítimas de violação parecem ter sido executadas posteriormente. Outros foram levados para Gaza. Nas fotografias divulgadas online é possível ver várias sendo desfiladas pelas ruas da cidade com sangue jorrando por entre as pernas”.

Autor(a): Eliana Lima