09 JUL 2024
Ainda era madrugada dessa segunda-feira (8) no Brasil quando mísseis russos destruíram um hospital infantil na capital ucraniana, deixando 38 mortos - incluindo 4 crianças -, 190 feridos, 64 hospitalizados em Kiev, 28 em Kryvyi Rih e 6 em Dnipro.
O governo Lula da Silva (PT), no entanto, após cobranças, pronunciou-se contra o ataque quando já se aproximava da meia-noite. E não citou a Rússia. A nota do Itamaraty foi publicada exatamente às 23h28, ‘condenando o bombardeio’.
E no Paraguai, Lula sequer citou o camarada Putin. Nem condenou o ataque a crianças no hospital ucraniano. Falou em “engajamento em prol de uma solução para o conflito entre Rússia e Ucrânia que efetivamente envolva as duas partes”. E que o Brasil apoiou a “África do Sul em sua ação na Corte Internacional de Justiça visa pôr fim à matança indiscriminada de mulheres e crianças em Gaza”.
Decerto, Lula e o Itamaraty insinuam que foram ataques promovidos por extra-terrestres.
Pois bem! Eis a nota do Itamaraty:
- O governo brasileiro condena o bombardeio que atingiu hoje o hospital infantil Ohmatdyt, em Kiev, que resultou em número expressivo de vítimas fatais, incluindo crianças. O governo brasileiro reitera sua condenação a ataques em áreas densamente povoadas, especialmente quando acarretam danos a instalações hospitalares e a outras infraestruturas civis, e expressa sua solidariedade às vítimas e a seus familiares.
O Brasil exorta as partes no conflito a cumprirem suas obrigações perante o direito internacional humanitário, inclusive a proteção especial conferida a instalações e unidades médicas, que devem ser respeitadas em todas as circunstâncias.
O governo brasileiro continua a defender o diálogo e uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia. Até que os atores relevantes se engajem de forma genuína e eficaz em negociações de paz, o Brasil reitera o apelo para que três princípios para a desescalada da situação sejam observados: não expansão do campo de batalha, não escalada dos combates e não inflamação da situação por qualquer parte.
Autor(a): BZN