O belo palacete que foi residência de Romualdo Lopes Galvão foi demolido em Natal, na Av. Rio Branco, esquina com a Rua Correia Teles. Mas, na verdade, há muito já estava descaracterizado e atualmente apresentava cenário de abandono.

O imóvel foi sede da LBA – Legião Brasileira de Assistência nos anos 60-70. Em meados de 1970, abrigou a Secretária de Estado da Segurança Pública, no governo Cortez Pereira. Nos anos 90, funcionou o Educandário Natal. Ainda nos anos 90, foi o Cursinho Master, do saudoso vereador Aluísio Machado. Depois, Departamento de Educação para o Trânsito da STTU. No ano 2000, funcionou um anexo da Escola Estadual Winston Churchill.

MEMÓRIA

Romualdo Galvão, entretanto, preferia passar mais tempo em sua chácara na Av. Hermes da Fonseca, onde hoje funciona o Colégio Maria Auxiliadora.

Membro de importante família do Oeste do Rio Grande do Norte, o comerciante Romualdo Lopes Galvão nasceu no município de Campo Grande em 7 de fevereiro de 1853. 

Foi prefeito de Natal e Mossoró. Também diretor do Banco de Natal e deputado estadual por duas vezes. Ficou conhecido como um dos mais ardorosos e influentes defensor da abolição dos escravos, em 1883, juntamente com sua então esposa Amélia Dantas de Souza Galvão. 

Não teve filhos da união com Amélia Galvão, que morreu em Mossoró no 14 de novembro de 1890. Romualdo se casa novamente, com Antônia Monteiro Galvão, com quem teve três filhos: maestro José Monteiro Galvão, Romualdo Galvão Filho e João Monteiro Galvão. 

O abolicionista morreu no 1° dia de agosto de 1927, em sua chácara na Av. Hermes da Fonseca. Está sepultado no Cemitério do Alecrim, em Natal.

Autor(a): Eliana Lima