02 JUL 2025
Durante todo o mês de julho, a Prefeitura de Natal promoverá a campanha Julho Amarelo, com ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais. As hepatites virais são inflamações no fígado que, muitas vezes, não apresentam sintomas, mas podem causar danos leves, moderados ou graves ao órgão. De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, entre janeiro e abril de 2025, Natal registrou 41 novos casos da doença.
Alguns sinais podem indicar a presença de hepatite, como cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. “Durante todo o mês, convidaremos a população para comparecer a um serviço de saúde para conhecer a doença, os riscos e também se vacinar, além de realizar a testagem e iniciar o tratamento caso necessário”, destacou Tayane Oliveira, coordenadora do Núcleo Municipal de IST/Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Saúde de Natal.
Nos serviços de saúde da capital, serão realizadas testagens rápidas para hepatites B e C, além de vacinação, atendimentos médicos, palestras educativas, aferição de pressão arterial e distribuição de preservativos. A programação será desenvolvida em todas as regiões do município, com foco na prevenção e diagnóstico precoce.
Tipos de hepatite
No Brasil, os tipos mais comuns são hepatite A, B e C. As hepatites A e B têm vacinas disponíveis gratuitamente nas unidades de saúde do município.
A hepatite A é transmitida principalmente por condições inadequadas de saneamento básico e higiene. Em geral, é uma infecção leve e autolimitada, mas os sintomas e a gravidade podem aumentar com a idade. A vacina é aplicada em dose única, indicada para crianças de 15 meses até 5 anos incompletos.
A hepatite B é uma infecção viral crônica que não tem cura, mas conta com tratamento disponível pelo SUS. A transmissão pode ocorrer por contato com sangue contaminado, relações sexuais desprotegidas, uso compartilhado de seringas, procedimentos invasivos com instrumentos não esterilizados, ou de mãe para filho durante a gestação ou o parto. A vacina está disponível gratuitamente para todas as faixas etárias.
Já a hepatite C, que não possui vacina, pode ser transmitida por transfusão de sangue com rastreio inadequado, uso de drogas injetáveis, hemodiálise, transplantes, transmissão vertical e relações sexuais. No entanto, o tratamento gratuito oferecido pelo SUS apresenta alta taxa de cura quando iniciado precocemente.
Autor(a): BZN