06 JAN 2024
Dos mais ilustres juristas do Brasil, Ives Gandra Martins compartilhou nas redes sociais sua análise jurídica sobre 8 de janeiro de 2023 em Brasília.
Olhar sensato em meio a uma orquestração com odores que emergem de intenções políticas antirrepublicanas, com o apoio da imprensa tendenciosa.
Ives Gandra explica o porquê da inexistência de uma tentativa de golpe de Estado naquele dia, baseando-se na ausência de armas e de apoio das Forças Armadas.
Critica a mídia e o Judiciário por rotularem manifestantes como golpistas, diante da ausência de evidências para ameaça real ao Estado de Direito.
Compara a situação no Brasil com golpes ocorridos em países africanos, com forças militares diretamente envolvidas, como Tunísia, Sudão, Burkina Faso, Guiné, Níger, Gabão, Chade, Mali e Zimbabwe, onde tanques e soldados tomaram as ruas.
Defende: “Pessoas que foram consideradas como golpistas sem terem força nenhuma, sem terem possibilidade nenhuma, fazendo algo rigorosamente impossível. Para mim, teriam de ser punidos, mas não com as penas violentas que foram punidas. Teriam de ser punidos como baderneiros, mas jamais com penas de 17 anos ou algo semelhante”.
Observa: “Quando eu examino o que ocorreu no dia 8 de janeiro, eu fico espantado quando se fala numa tentativa de golpe de Estado. Foi um momento de manifestação política, absolutamente sem razão, um grupo que terminou, não sabe se houve ou não infiltrados, porque não se conheceu os vídeos, mas que terminou numa quebradeira que, absolutamente, não se justifica, como não se justificou a quebradeira na Câmara dos Deputados quando era presidente o Michel Temer, feito pelo pessoal da esquerda, porque não é assim que se faz política. Mas de qualquer forma, a única coisa que seria rigorosamente impossível seria um golpe de Estado”.
Autor(a): BZN