O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) autorizou a quebra de sigilo telefônico e telemático do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, preso suspeito de matar, com um tiro, o gari Laudemir de Souza Fernandes, em Belo Horizonte, na última segunda-feira (11).

A decisão determina que a montadora BYD e a operadora Claro entreguem, no prazo de cinco dias, dados como rotas percorridas, comandos de voz, velocidade do veículo, registros de chamadas, mensagens trocadas em aplicativos e outras informações do dia do crime.

Audiência de custódia

Nessa quarta-feira (13), Renê passou por audiência de custódia, que converteu sua prisão em flagrante para preventiva. Durante a sessão, que durou mais de 30 minutos, o juiz destacou a conduta do acusado após o homicídio, lembrando que ele foi localizado horas depois em uma academia. “Comete um crime desse porte e vai treinar numa academia?”, questionou o magistrado, apontando a gravidade do caso e a periculosidade social do empresário.

A prisão preventiva foi mantida devido à extrema gravidade do homicídio duplamente qualificado, motivado por briga de trânsito e cometido contra uma vítima indefesa em horário de trabalho. A Justiça também considerou que Renê já respondia a outro processo por lesão corporal grave, o que indica risco de reiteração criminosa.

Autor(a): BZN