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Justiça condena Gol a indenizar passageiras agredidas em voo por não cederem assento

07 MAR 2025

Foto: Reprodução/Redes sociais

A Justiça de Cubatão (SP) condenou a Gol a indenizar mãe e filha vítimas de agressões físicas e verbais em um voo entre Salvador e São Paulo. A empresa terá que pagar R$ 20 mil, sendo R$ 10 mil para cada uma das autoras, mãe e filha, que processaram a empresa por danos morais após serem agredidas durante o incidente.

A sentença relata que as mulheres foram xingadas e fisicamente atacadas por outros passageiros de uma mesma família durante o voo, ocorrido no início de fevereiro de 2023. Segundo as vítimas, ao entrarem no avião, perceberam que um dos assentos que haviam comprado, uma poltrona na janela, estava ocupado por uma mulher com uma criança no colo. Elas solicitaram que o lugar fosse desocupado, mas o pedido foi atendido de forma relutante.

Após se acomodarem em seus lugares, a avó da mulher que ocupava indevidamente o assento começou a ofendê-las com xingamentos e comentários irônicos, incitando outros membros da família a fazerem o mesmo. A situação escalou até que mãe e filha foram agredidas fisicamente pelos familiares da mulher.

Além das agressões sofridas pelas autoras, a Justiça considerou que a Gol também “imputou publicamente a culpa indevida pelo evento” devido a declarações feitas por um funcionário da companhia em entrevistas à imprensa.

O que foi decidido é que a companhia aérea pague R$ 10 mil para a mãe e R$ 10 mil para a filha, valor “para compensar o sofrimento, o transtorno, o abalo, a angústia causada do ofendido, bem como para penalizar” a empresa, que tem “responsabilidade pelo fato e grau de culpa”.

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), cabe recurso da decisão.

Autor(a): BZN



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