Cultura

Lamentável cenário do Museu Nísia Floresta

26 JAN 2024

Foto: Eliana Lima

Dionísia Gonçalves Pinto (1810-1885), conhecida como Nísia Floresta Brasileira Augusta, ou apenas Nísia Floresta, deveria ser exaltada todos os dias pela cultura potiguar.


Foi a mais ilustre norte-rio-grandense nas letras que brilhou no Brasil e na Europa. Além de escritora, foi importante educadora e precursora feminista. Destacou-se também pelo seu pioneirismo viajante.


Raros foram os brasileiros que na época atravessaram o Atlântico. Nísia viveu por quase 30 anos na França. Obras suas escritas em francês foram publicadas em Paris. Viajou por quase toda Europa. Recentemente foram encontradas obras suas na Itália, e sua vida  no país está sendo estudada.


Nísia morreu em Bonsecours, nos arredores de Rouen, França. Em 1954, seus restos mortais foram trazidos para o município que tem o nome e repousam num túmulo que foi erguido na cidade, mas não valorizado num roteiro turístico ou cultural.


Os restos mortais foram trazidos da França por meio de uma lei de iniciativa do então senador Luiz Lopes Varella, após o túmulo de Nísia ter sido descoberto, no ano anterior, no cemitério de Rouen, pelo jornalista Orlando Dantas. O senador e o jornalista são naturais do município potiguar de Ceará-Mirim.


Pois bem


Duas vezes tento sem sucesso visitar o Museu Nísia Floresta, que fica ao lado da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Ó, com arquivo e memória da vida e obra da mais ilustre filha.


O imóvel, antigo casarão de traços coloniais, era para estar aberto ao público de segunda a sexta-feira. Mas. Ainda não tive o privilégio. Da última vez levei meus hóspedes italianos, que estavam curiosos por saber mais sobre Nísia e sua ligação com a Itália, devido ao que leram sobre na Revista Bzzz. Mas.


Dessa vez tirei fotos dos ambientes, por brechas no portão e por cima do muro. Um cenário tanto de abandono. Também, a pintura desgastada no muro da frente. Notadamente no rosto de Nísia.


Em tempo


A ONG Cecop - Centro de Documentação e Comunicação Popular é responsável pela atividades do museu.





Autor(a): Eliana Lima



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