Quem lembra do terrível acidente ocorrido no dia 24 de novembro de 2012? Quando Francisca Adenadia Viana da Silva perdeu o controle do veículo, na BR101, próximo a Cidade Satélite, passou pelo canteiro central, atingiu um carro, matando de imediato duas mulheres, atingiu um segundo carro, ferindo gravemente três ocupantes, e colidiu com o barranco, matando o passageiro do banco de trás, que foi esmagado por uma caixa de som. 

Na época do acidente, com investigação conduzida pelo delegado Sérgio Leocádio, o assistente administrativo carioca Wellington Operiano Gonçalves, que inicialmente disse que estava na direção, informou que ele e a amiga tinham bebido “algumas cervejas em um bar na [Avenida] Maria Lacerda". Ela negou. No decorrer da apuração, ele reconheceu que Adenadia dirigia o carro.

A decisão foi proferida nessa quinta-feira (26) pelo juiz Marcos José Sampaio de Freitas Júnior, no Tribunal do Júri de Parnamirim. Ela foi condenada a 14 anos, 2 meses e 20 dias de prisão pelos crimes de homicídio e lesões corporais. Inicialmente em regime fechado.

O juiz concedeu à ré o direito de recorrer em liberdade, considerando que não houve novos fatos que justificassem a prisão preventiva. Com a sentença, será expedido mandado de prisão após o trânsito em julgado, e a condenada terá seus direitos políticos suspensos, conforme a Constituição Federal.

O Conselho de Sentença considerou Francisca culpada, rejeitando as teses de desclassificação da defesa. A sentença destacou a gravidade das ações e seu impacto nas vítimas e famílias.

No acidente, morreram Maria Dionísio da Silva, Hérica Barroso de Paula e Julião Francisco da Silva, além de lesões graves em Wagner de Araújo Barbosa e Maria da Salete Gama. Segundo a acusação, Francisca Adenadia agiu com dolo eventual, aceitando o risco de produzir os resultados lesivos.

O magistrado destacou a gravidade das ações de Francisca Adenadia e o impacto profundo nas vidas das vítimas e suas famílias. Em particular, os traumas psicológicos sofridos pelos sobreviventes e a situação da filha órfã de Hérica Barroso de Paula.

Autor(a): BZN