Política

Lula defende ex-ministro da acusação de mandante de assassinato de ex-modelo

26 ABR 2024

Na presença do seu ex-ministro Walfrido dos Mares Guia, do Turismo e das Relações Institucionais, no evento que aconteceu nesta sexta-feira (26) em Minas Gerais, o presidente Lula retomou o ano de 2002 “para contar que bancou a ida de Walfrido dos Mares Guia para seu ministério apesar de uma denúncia de “agressão contra mulher””, conta o repórter Samuel Pancher, do Metrópoles.


Destaca: “Lula diz que, em 2002, contratou ministro apesar de denúncia de ‘agressão contra mulher’; Caso era de homicídio. Walfrido dos Mares Guia foi ouvido nas investigações sobre a morte de uma modelo, em Belo Horizonte. Apesar da declaração de Lula, o ex-ministro nunca foi denunciado no caso. Em 2009, o autor do crime foi condenado e sua defesa apontou Walfrido como mandante, mas a alegação nunca foi comprovada”.


O caso


Em 2013, o Conversa Afiada contou sobre intimidações e ameaças que sofreu o advogado Dino Miraglia. Coube a ela a defesa da família da modelo Cristiana Aparecida Ferreira, assassinada em agosto de 2000 nas dependências de um flat no centro de Belo Horizonte, por um ex-namorado, Reinaldo Pacífico de Oliveira Filho.


O jornal conta que, “inicialmente, a morte da modelo foi considerada “suicídio”. Após nova perícia, a polícia passou a dizer que Cristiana foi vítima de crime passional. Mas o advogado Dino sustenta que tratou-se de queima de arquivo”.


Continua:


Segundo ele, Cristiana tinha papel central no esquema de corrupção do PSDB em Minas Gerais. Era ela quem transportava o dinheiro das transações do mensalão tucano. Na linguagem popular, Cristiana era “mula” do esquema de corrupção.


O advogado acusa o ex-ministro, um dos réus do mensalão tucano, de ser o mandante do crime. De acordo com ele, Walfrido teria mandado matar Cristiana porque ela “sabia demais”. “A morte da modelo foi encomendada”, frisa.


No julgamento do acusado de matar Cristiana, o ex-ministro e ex-vice-governador de Minas (no mandato de Eduardo Azeredo, 1995-1999) foi convocado a depor como testemunha, mas não compareceu. Alegou que estava em viagem aos Estados Unidos.


Acusado pelo crime, Reinaldo Pacífico de Oliveira Filho, um ex-namorado da vítima, está solto até hoje, apesar de ter sido condenado por júri popular a 14 anos de prisão e de a segunda instância ter ratificado a decisão.


“Nunca vi corno de garota-de-programa” que mata dois anos depois do fim do relacionamento, diz o advogado. Segundo Dino, o assassino está em liberdade graças a um habeas corpus concedido de ofício pela ministra do STJ, o Superior Tribunal de Justiça, Laurita Vaz.


Matéria completa aqui.



A modelo assassinada

Autor(a): BZN



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