10 MAI 2024
O presidente Lula da Silva (PT) consegue se superar no seu show de pérolas. Cada vez mais bizarras.
Nem posso dizer a última, porque na redação destas linhas ele já pode ter eructado outra. Ou outras.
A da tarde desta sexta-feira (10) foi no palanque eleitoral, ops, governamental, do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), em Maceió (AL).
A uma beneficiária do programa, de 27 anos e mãe de cinco filhos, o Lula versejou: “Quando eu entrego a chave para uma pessoa, aquela menina que tem um monte de filho, ela tem cinco filhos. Eu falei: ‘companheira, quando é que vai fechar a porteira, companheira? Não pode mais ter filhos, ela tem 27 anos de idade”.
Achou pouco e continuou que aconselhou a mulher a “se cuidar”. Completou: “Nem sempre o Estado cuida, nem sempre a religião cuida, quem tem que cuidar é o pai e a mãe”.
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Sofismou que fica feliz quando entrega moradias para humildes, as quais comparou a ninhos para as famílias criarem os filhos.
Sem esquecer que ontem (9), ele, em seus discursos toscos, disse que máquinas de lavar são “muito importantes para as mulheres”, durante palanque no Palácio do Planalto em nome de medidas de socorro ao Rio Grande do Sul, ao considerar a importância de eletrodomésticos para pessoas mais pobres atingidas pelas enchentes.
Claro, voltou a repetir que ele já foi vítima de enchente.
Em tempo
No distante ano de 2008, quando presidente da República, Lula, diante da enxurrada que deixou desabrigados em Santa Catarina, prometeu ajuda federal para a reconstrução das casas e cidades destruídas pelas enchentes ocorridas. E disse às vítimas que também sofreu com a casa da sua mãe alagada na Vila Carioca, em São Paulo.
Em 2008 choveu por quase três meses em Santa Catarina, provocando a tragédia que deixou, oficialmente, 135 mortos e 78 mil desabrigadas.
Em 2013, as casas prometidas para os desabrigados e a remoção das famílias de áreas de risco ainda não haviam sido cumpridas e foi debate na Câmara dos Deputados.
As prometidas obras estruturantes, que podem evitar novos alagamentos e enxurradas, não saíram do papel. Das sete barragens apontadas como solução para o problema desde a década de 70, somente três foram construídas, e num período de 40 anos.
Autor(a): BZN