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Mãe, filha, babá e piloto morrem em queda de avião perseguido por caças dos EUA. Militares viram piloto caído no assento

06 JUN 2023

Foto: Adina e a filha Aria morreram no acidente - Foto do Facebook de Adina

Forte estrondo foi ouvido domingo (4) na Virgínia, estado no sudoeste americano.

Eram caças F16 que romperam a barreira do som durante interceptação de uma aeronave Cessna Citation 560 em que o piloto não respondia aos chamados do controle e voava em direção a área restrita de Washington, D.C..


Formou-se um mistério em torno do voo da aeronave particular. Nessa segunda-feira (5) foi divulgado que o avião pertencia ao executivo John Rumpel, 75 anos. 


Momentos após se despedir da filha Adina Azarian, 49 anos, e da sua neta, Aria, 2 anos, ele recebeu uma ligação da Administração Federal de Aviação - FAA, que informou tentar entrar em contato com o piloto do seu avião, mas não houve retorno, e perguntou se ele conhecia outra maneira de falar com o piloto.


A princípio, Rumpel deu pouca atenção à ligação, pois sendo ele um ex-piloto, sabia que os sistemas de rádio às vezes falham. Ele havia deixado a filha, a neta e a babá Evadnie Smith no aeroporto 90 minutos antes, para viagem de volta à casa da filha em East Hampton, NY, em seu avião, após quatro dias juntos.


Cerca de uma hora depois, o telefone tocou novamente. Era a FAA, dessa vez para comunicar que seu avião tinha caído e não tinha sobrevivente. 


Uma hora depois de decolar de East Elizabethton, no Tennessee, o avião deu meia-volta para Washington, por motivos que ainda estão sendo investigados. 


Após as autoridades não conseguirem contato com o piloto, caças foram acionados para interceptar o avião, que caiu perto de Montebello, Virgínia, poucas horas depois de Rumpel se despedir da sua filha e da neta.


Durante a Interceptação, os militares tinham visto o piloto caído no seu assento, informou a CNN após contato com “fonte familiarizada com a situação”.


Outra fonte disse à emissora que os investigadores do acidente analisam suspeita de hipoxia - falta de oxigênio no sangue - como razão pela qual o piloto e os passageiros não responderam às tentativas de contato dos controladores de tráfego aéreo e de outros aviões civis.


Segundo a CNN, a “hipoxia é um risco associado ao voo a grande altitude e pode ter sido provocada por uma descompressão da cabina pressurizada do avião, segundo os peritos em aviação”.


O voo ia de East Tennessee para Long Island, Nova York, a 34.000 pés, “uma altitude em que os pilotos têm 30 a 60 segundos para colocar as máscaras de oxigênio quando a pressão cai ou correm o risco de ficar inconscientes”, explica a CNN.


De acordo com comunicado do Comando de Defesa Aeroespacial Norte-Americano (Norad), quando os F-16 alcançaram o Cessna Citation V, por volta das 15h20, os pilotos lançaram foguetes de sinalização para chamar a atenção do piloto, mas “ele não reagiu e o Cessna despencou em seguida perto da Floresta Nacional George Washington, na Virgínia".


A FAA perdeu contato com o jatinho apenas 15 minutos após a descolagem, segundo declaração da agência e dados do site de rastreio de viagens aéreas FlightAware.


Adam Gerhardt, investigador responsável do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB), disse a jornalistas que irão questionar "quando é que o piloto deixou de responder exatamente e porque é que o avião fez o percurso de voo que fez".


Rumpel identificou o piloto como Jeff Hefner, que deixou esposa e três filhos.

O avião está registado em nome da Encore Motors of Melbourne, Inc., empresa de Rumpel sediada na Flórida.


No Facebook, Barbara Weimer Rumpel, esposa de John Rumpel, postou fotos de sua filha e neta e escreveu: “Minha família não existe mais, minha filha e minha neta”.



           O piloto


       A babá 
Evadnie Smith e Aria


Autor(a): Eliana Lima



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