03 ABR 2020
Na noite de ontem (2), em entrevista, o presidente Jair Bolsonaro fez críticas ao ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e voltou a questionar as medidas de isolamento social.
Desde então a ebulição toma conta da imprensa e das redes sociais. A grande maioria de apoio ao ministro, inclusive do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do mesmo partido que Mandetta: DEM.
Também da mulher do ministro Sérgio Moro, Rosângela, que escreveu em sua conta no Instagram:
- Entre ciência e achismos eu fico com a ciência. Se você chega doente em um médico, se tem uma doença rara você não quer ouvir um técnico? @henriquemandetta tem sido o médico de todos nós e minhas saudações são para ele. In Mandetta I trust.
Mas, diante da repercussão, apagou.
De acordo com o Estadão, auxiliares do Ministério da Saúde disseram ao jornal que a ordem na pasta é "ignorar falas de Bolsonaro e manter combate ao coronavírus". E de que o "presidente deve cessar os ataques quando "a realidade se impor".
Disseram que demissão do ministro está fora de cogitação, a não ser que o presidente o exonere.
Questionado pelo Estadão/Broadcast sobre as declarações de Bolsonaro, Mandetta respondeu, ontem: "Trabalho, lavoro, lavoro" (palavra que em italiano significa trabalho).
Autor(a): Eliana Lima