12 MAI 2025
As dificuldades enfrentadas nas escolas públicas em diversas regiões do país são crescentes, com estrutura precária (salas, banheiros, acessibilidade), falta de material didático e tecnologia, déficit de professores e equipe de apoio, baixos salários e desvalorização docente, violência e insegurança no ambiente escolar, evasão e abandono por falta de apoio, desigualdade entre regiões e ausência de inclusão.
Só para citar alguns exemplos. Mas isso é outra coisa.
Porque o importante foi a iniciativa do MEC para promover o programa Pé-de-Meia, que oferece poupança a estudantes de baixa renda do ensino médio para combater a evasão escolar.
Pois bem!
O MEC R$ 25.080 na compra de 600 pares de meias personalizadas, distribuídas a deputados e senadores, em fevereiro. Os kits promocionais foram entregues em caixas de acrílico, acompanhados de cartas impressas que exaltavam o papel do Congresso Nacional na aprovação do programa. Cada par de meias custou R$ 41,80, valor maior que o gasto médio diário com alimentação escolar por aluno no país.
O MEC justificou que a ação buscava “sensibilizar os parlamentares” e “valorizar o esforço institucional”. Obviamente que não convenceu parte da sociedade civil nem da própria classe política. Parlamentares da oposição classificaram a medida como “desperdício” e “escárnio”. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) chamou a distribuição de “ridícula”, sugerindo que o dinheiro teria mais impacto se convertido em cestas básicas ou material escolar.
A estratégia de marketing foi organizada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) e operacionalizada pela empresa Viver Eventos, contratada em 2024 por R$ 36 milhões para ações promocionais do MEC. A pasta afirma que a verba foi dividida entre o ministério e a Caixa Econômica Federal, mas documentos mostram que o pagamento das meias saiu diretamente dos cofres do MEC.
É. A forma PT de ser. Se é que me entendem.
Autor(a): BZN