10 OUT 2023
A jornalista Mônica Waldvogel vem sofrendo uma enxurrada de críticas nas redes sociais por ter informado no programa Em Ponto que integrantes do PT assinaram manifesto de apoio ao Hamas, em 2021.
No programa desta terça-feira, a Globo decidiu que a jornalista vai reiterar que se referiu não ao PT como um todo, mas a um manifesto assinado por representantes do partido.
Em 2021, representantes do MST e deputados do PT, do PCdoB e do Psol assinaram um manifesto em defesa do grupo Hamas.
O manifesto foi em resposta à decisão do Reino Unido de classificar o Hamas como uma organização terrorista. A esquerda brasileira considera o grupo de “movimento de resistência” e intitulou o manifesto de “Resistência não é terrorismo!”.
Do PT, assinaram os atuais ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Pimenta (Secom), mais os deputados Zeca Dirceu (PR), Érika Kokay (DF), Professora Rosa Neide (MT), Enio Verri (PR), Helder Salomão (ES), Nilto Tatto (SP), Padre João (MG), Paulão (AL).
O manifesto:
- Resistência não é terrorismo!
Todo apoio ao povo palestino na luta por legítimos direitos. Os parlamentares, entidades e lideranças brasileiras que subscrevem este documento, expressam o seu profundo descontentamento à declaração da secretária do Interior da Inglaterra, Priti Patel, que atribuiu ao Movimento de Resistência Islâmico - Hamas, a designação de 'organização terrorista', alegando falsamente que o Movimento palestino seria 'fundamentalmente e radicalmente antissemita.
Este posicionamento representa uma extensão da política colonial britânica, em desacordo com a posição da maioria do povo da Inglaterra, que se opõe à ocupação israelense e aos seus crimes.
Seu objetivo é claro: atingir a legítima resistência palestina contra a ocupação e o apartheid israelense, numa clara posição tendenciosa em favor de Israel e tornando-se cúmplice das constantes agressões aos palestinos e aos seus direitos legítimos.
O direito à resistência assegurados pelo Direito Internacional e Humanitário, pela Carta das Nações Unidas e por diversas Resoluções da ONU, entre elas as de n° 2.649/1970, 2.787/1971 e 3103/1974, reiterando o direito de todos os povos sob dominação colonial e opressão estrangeira de resistir ao ocupante usurpador e se defender.
A resistência é um legítimo direito dos palestinos contra a ocupação e as reiteradas violações dos direitos humanos, bem como os crimes de guerra.
Direito que os palestinos não abrem mão e para o qual, contam com o nosso apoio e solidariedade à sua causa de libertação e pelo seu Estado nacional palestino.
Brasil, 23 de novembro de 2021.
Autor(a): BZN