28 MAI 2025
Os ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), tiveram seus nomes encontrados em anotações apreendidas pela Polícia Federal (PF) durante operação contra um grupo que cobrava até R$ 250 mil para monitorar e eliminar autoridades. A investigação ainda apura se houve efetivo acompanhamento dos ministros. Fontes ligadas ao caso revelam que o grupo mantinha uma tabela com valores cobrados conforme o cargo da vítima: R$ 250 mil por ministros, R$ 150 mil por senadores e R$ 100 mil por deputados.
Cinco integrantes da organização foram presos, e mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. A operação faz parte de um inquérito sigiloso que investiga, além da tentativa de assassinato de autoridades, a comercialização de sentenças judiciais envolvendo servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
O grupo, formado por civis e militares da ativa e da reserva, se autodenomina “Comando C4” — sigla para Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos. A facção está ligada à execução do advogado Roberto Zampieri, morto em 2023 em Cuiabá (MT). Zampieri era apontado como elo em um esquema de venda de decisões judiciais.
As investigações indicam ainda que o grupo lavava dinheiro por meio de uma rede empresarial e financeira, alimentada por propinas oriundas da compra de decisões judiciais no STJ.
Entre os alvos do inquérito estão advogados, empresários, lobistas, assessores parlamentares, chefes de gabinete e magistrados. Os crimes investigados incluem organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional.
Autor(a): BZN
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