No juramento presidencial de Donald Trump, algumas escolhas e detalhes chamaram atenção do mundo:

- Por que Trump não colocou a mão esquerda sobre a Bíblia?

- Por que o elegante e sombrio chapéu usado Melania, cobrindo seus olhos e parte do rosto?

Pois bem, vamos ao chapéu!

Seria estratégia intencional de Trump como um “recado político” ou foi uma escolha de moda que combinou elementos de mistério, elegância e simbolismo, refletindo tanto preferências pessoais quanto mensagens políticas sutis?

O mistério continua. As ilações são várias.

O JURAMENTO!

As especulações também recaem sobre a quebra da tradição americana de o presidente colocar uma mão (geralmente a esquerda) sobre a Bíblia enquanto levanta a outra para fazer o juramento. 

No juramento, Trump levantou a mão direita e não colocou a esquerda sobre as duas Bíblias que Melania segurava.

Os questionamentos giram também por que eram duas Bíblias.

Assim Trump também fez na posse em 2017, para o seu primeiro governo. O uso de ambas serviu para unir tradição histórica e significado pessoal.

Uma foi a Bíblia usada por Abraham Lincoln durante sua posse em 1861, que simboliza unidade, continuidade e o legado dos presidentes dos Estados Unidos. Desde que Lincoln utilizou-a, ela foi usada por outros presidentes, incluindo Barack Obama nas suas cerimônias de posse em 2009 e 2013.

A outra é a Bíblia da infância de Trump, que ele recebeu da mãe, Mary Anne Trump, quando completou seus estudos dominicais na Primeira Igreja Presbiteriana de Jamaica, em Queens, Nova York. Representa um vínculo pessoal e familiar de valor sentimental para Trump.

Usá-las fechadas é uma questão de logística e tradição, já que o juramento é sobre a presença da Bíblia e não necessariamente sobre ela estar aberta em um trecho específico. Esses detalhes muitas vezes refletem escolhas simbólicas ou preferências pessoais, mas não têm implicações formais no juramento em si. Clinton, por exemplo, usou aberta.

De acordo com o Artigo Dois da Constituição dos EUA, o presidente deve fazer o seguinte juramento: – “Eu juro solenemente (ou afirmo) que executarei fielmente o cargo de presidente dos Estados Unidos e que, com o melhor de minha capacidade, preservarei, protegerei e defenderei a Constituição dos Estados Unidos”.

E continuam os mistérios. Típicos de Trump.

Autor(a): Eliana Lima