No dia 30 de dezembro de 1976 o Brasil entrou em choque com o assassinato da socialite Ângela  Diniz. Filha de banqueiro que fugiu de casa e foi morar com os avós, ela se declarava uma “moça livre”.

Seu belo rosto foi atingido por quatro tiros disparados pelo então playboy Raul Fernando do Amaral Street, conhecido como Doca Street, que não se conformava com o término do relacionamento por iniciativa dela. Estavam em uma casa na Praia dos Ossos, em Armação dos Búzios, no estado do Rio de Janeiro.

Ele morreu hoje (18), aos 86 anos. Segundo uma de suas netas ao jornal O Globo, que preferiu não se identificar, ele não estava doente e sofreu uma parada cardíaca.

Crime que hoje seria considerado feminicídio, mas, na época, foi tratado como crime passional.

No julgamento, em 1979, sua defesa argumentou que ele cometera o crime por em "legítima defesa da honra". Então, foi condenado a apenas dois anos de prisão, mas obteve o direito de cumprir a pena em liberdade.

Sentença que gerou revolta no movimento feminista brasileiro. Diante dos muitos protestos, Doca foi a novo julgamento, em 1981, e condenado a 15 anos de prisão.

Autor(a): Eliana Lima