A maior alegria na minha infância e na adolescência era quando chegavam oa fins de semana, feriados e férias. Dias certos no lugar que eu amava imensamente: a casa de vovó Sebastiana e vovô Gregório Lima em São Paulo do Potengi (RN).

Que tempo maravilhoso. Como eu amava àquela cidade onde rezávamos para chover na cabeceira do Rio Potengi. De assistir as missas de Monsenhor Expedito. Passear na pracinha. Fazer ‘cozinhado’ debaixo de pés de algaroba. Tomar banho de rio. Amava ajudar meus avós no preparo de queijo de manteiga e de coalho, que saboreava com o pão quentinho da padaria que ficava em frente.

Lugar onde conheci festa dançante, no Centro Lítero Recreativo. E em frente ao clube morava uma mulher que eu já admirava. Lembro-me que eu tinha 13 anos de idade.

A vibrante mulher era a prefeita do município, dona Nini. Maria Nini da Araújo Souto, Nini Souto, mãe do atual prefeito município, Pacelli Souto.Altiva. Elegante.

Acompanhei a transformação que ela fez na cidade, da urbanização da praça central, da chegada do pomposo prédio do Banco do Brasil, de ruas calçadas, de escolas, de hospital. 

Dona Nini foi eleita prefeita em 15 de novembro de 1972. Assumiu em 1973. Única mulher a administrar São Paulo do Potengi até hoje. E seu herdeiro Pacelli é o único prefeito filho de um ex-prefeito.

Eu também gostava demais das minhas ‘conversas’ com o único dentista da cidade, Dr. Gileno Souto. Seu consultório era num imóvel alugado do vovô Gregório, vizinho à casa dele, e eu ia todos os dias conversar com àquele homem gentil e muito engraçado.

Dr. Gileno partiu há sete anos. E nesta quinta-feira (1°) Dona Nini foi ao encontro dele.

Nas redes sociais, o filho Pacelli publicou homenagem à amada mãe.

Foto oficial de quando foi prefeita 

Única mulher na galeria dos ex-prefeitos

O grande amor, o marido Gileno Souto

Autor(a): Eliana Lima