Política

Morre o acadêmico Murilo Melo Filho, o potiguar que sabia quem foi o brasileiro que roubou a arma de Fidel Castro

27 MAI 2020

O jornalista potiguar Murilo Melo Filho, que tem assento na Academia Brasileira de Letras (AB) e na Academia de Letras do RN, morreu às 11h30 de hoje (27), aos 91 anos, no Hospital Pró-Cardíaco do Rio de Janeiro, onde estava internado em decorrência de complicações de um AVC que sofreu.

Murilo Melo Filho foi o entrevistado de capa da edição de número 5 da Revista Bzzz, em novembro de 2013. Concedeu a entrevista ao jornalista Octávio Santiago, na sede da ABL, no Rio.

Ele ficou tão satisfeito e agradecido, por ter sido a primeira capa que o estampou, que nos ofereceu um almoço na sua casa de praia em Cotovelo, litoral sul do RN.

A gentileza era uma das suas maiores marcas, ao lado do talento e excelência como jornalista, que cobriu guerras, como a do Vietnã.

Murilo era o único brasileiro vivo que sabia quem foi o jornalista que acompanhava a comitiva do então presidente Jânio Quadros na visita ao presidente cubano Fidel Castro, em Havana, que ao ver a arma que o ditador esqueceu no lavabo não resistiu e 'roubou'. Feito que os Estados Unidos tanto sonharam.

Tentei de todas as formas que Murilo me revelasse quem foi o jornalista, mas ele disse que levaria esse segredo para a eternidade.

Segue em paz, querido Murilo. Daqui meu abraço à sua querida família, especialmente à sua delicada e elegante esposa Norma.

Autor(a): Eliana Lima



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