23 AGO 2023
Não lembro agora qual o ano, mas lembro bem do momento: almoço em torno do então ministro Francisco Dornelles na casa praiana do empresário potiguar Sérgio Freire, em Búzios, no litoral sul do RN.
Impressionou-me àquele homem inteligente e poderoso, de bate-papo agradável. Mas muito sério. Tirei foto dele saindo do mar, apenas de calção. Permitiu-me publicar na coluna que eu assinava n’O Jornal de Hoje.
Francisco Dornelles morreu nesta quarta-feira (23), aos 88 anos, no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, no Rio de Janeiro, onde estava internando desde maio. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Foi parente de três ex-presidentes: primo de segundo grau de Getulio Vargas, sobrinho de Tancredo Neves e de Humberto Castelo Branco, este presidente no regime militar.
Era presidente de honra do PP. Fez parte da Assembleia Nacional Constituinte, ajudando a aprovar a Constituição Federal de 1988.
Foi ministro da Fazenda, em 1985, no governo José Sarney. De Indústria, Comércio e do Turismo, e ministro do Trabalho e Emprego no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Em 2006, foi eleito senador pelo RJ. Dez anos depois, em março de 2016, como vice-governador do RJ, assumiu o governo interinamente devido o afastamento do então governador Luiz Fernando Pezão, que sofria problemas de saúde à época.
A 49 dias da Olimpíadas, Dornelles decretou, pela primeira vez na história do RJ, calamidade pública na área financeira do estado.
Em 1979 foi secretário da Receita Federal. Elegeu-se deputado federal cinco vezes seguidas, entre 1987 e 2003.
Autor(a): Eliana Lima
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