Política

Morre o ministro aposentado Gilson Dipp, aos 78 anos, conhecido pelo combate à corrupção. A causa não foi divulgada

29 NOV 2022

Foto: STJ

Aposentado do STJ desde setembro de 2014, quando completou 70 anos, Gilson Dipp, gaúcho de Passo Fundo (RS), morreu nesta terça-feira (29), informou o tribunal. A causa não foi divulgada. Deixa esposa e três filhos.


Idealizador das varas federais criminais especializadas, como a 13ª da Lava Jato, Dipp foi reconhecido por modernizar o aparato de combate à corrupção, lavagem de dinheiro e ao crime organizado.


Atuou no STJ por mais de 16 anos, onde ocupou os cargos de presidente da Quinta Turma e de vice-presidente do tribunal e do Conselho da Justiça Federal (CJF). Também foi membro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre 2011 e 2013.


Formado em ciências jurídicas e sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1968, tomou posse como juiz do Tribunal Regional Federal da 4ª Região em 1989, corte que presidiu entre 1993 e 1995. 


Além da atuação na magistratura, Gilson Dipp foi professor de direito civil da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.


Ocupou dois dos mais importantes cargos do Judiciário: coordenador-geral da Justiça Federal, em 2007, e corregedor nacional de Justiça, de 2008 a 2010. 


Foi considerado pela revista Época um dos cem brasileiros mais influentes do ano de 2009. Em 2012, coordenou a Comissão Nacional da Verdade, instituída pelo governo federal para esclarecer violações dos direitos humanos durante o regime militar.


No Conselho Nacional de Justiça (CNJ), como corregedor, trabalhou para radiografar um Judiciário completamente desconhecido: “Havia pouca gestão nos tribunais, não havia estatísticas, não havia controle, não havia conhecimento de acervo de processos, havia muito pouco sobre concursos de promoção e remoção de juízes”, discorreu na solenidade da sua aposentadoria.


Autor(a): Eliana Lima



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