A informação foi dada em primeira mão pelo jornalista Leonardo Attuch, diretor do 247, a partir da notícia dada pela filha de Paulo Roberto Costa, 68 anos, a amigos. A causa da não foi divulgada.

Ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, entre 2004 e 2012, Paulo Roberto Costa foi dos primeiros presos na Operação Lava Jato, em março de 2014, apontado pela Polícia Federal como integrante do esquema de corrupção que movimentou cerca de R$ 10 bilhões da Petrobrás.

O engenheiro foi o primeiro delator fa Lava-Jato. Indicado ao cargo na Petrobras pelo PP, foi detido após a prisão do doleiro Alberto Yousseff, também alvo da operação e seu parceiro de negócios.

Na delação premiada firmada com o Ministério Público Federal, Paulo Roberto Costa revelou os envolvidos nos esquemas que saquearam os cofres da Petrobras, como o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney. E deu informações que levaram a investigações sobre o atual ministro da Casa Civil Ciro Nogueira (PP) e os ex-senadores Romero Jucá (MDB-RR) e Edison Lobão (MDB-MA), além do senador Renan Calheiros (MDB-AL). Todos negaram envolvimento com irregularidades à época.

Para o acordo com o MPF, o ex-diretor renunciou a cerca de US$ 23 milhões mantidos em contas na Suíça, à época bloqueados, além de mais US$ 2,3 milhões em Cayman. Na época, devolveu R$ 79 milhões à Petrobras. Os prejuízos com os esquemas de corrupção foram calculados na ocasião em R$ 1,3 bilhão, lembra o 247.

Autor(a): Eliana Lima