Italiano naturalizado francês, Pierre Cardin, considerado o estilista que desenhou o futuro, morreu hoje (29), aos 98 anos, informou sua família à Agência France Presse. A causa não foi divulgada.

Viveu os momentos mais elegantes das passarelas da moda de luxo mundial. E do prêt-à-porter, inicialmente criticado. Mas estava na intuição na tendência. Mais um bingo. 

Sua preferência se destacou por roupas masculinas, mas produziu peças unissex. Foi o primeiro costureiro a considerar o Japão como um mercado de alta moda. Bingo também.

Colecionava premiações, como as de Comandante da Legião de Honra, Comandante da Ordem Nacional do Mérito, cavaleiro das Artes e das Letras, Ordem da Amizade, Ordem do Mérito, 3ª classe.

E foi seu ingresso para a Academia de Belas Artes a que mais lhe honrou. Postou esta foto no Instagram e escreveu:

- De todas as honras que fui gratificado, ser aceito na Academia de Belas Artes foi a que mais me trouxe felicidade.

Cardin voltou a morar na Itália, num palácio em San Biagio di Callalta, província de Treviso, onde nasceu, registrado como Pietro Costante Cardin. Dizia que comprou o imóvel porque era o preferido do libertino veneziano Casanova [1725-1798] para beber e dançar.

A mansão, que comprou em 1980, pertenceu a Giovanni Bragadin (1699-1775), patriarca de Veneza que era amigo de Casanova. Conta a lenda que ele desfrutava de um dos aposentos do palácio para encontros amorosos.

Autor(a): Eliana Lima