A negociação entre motoristas de ônibus urbanos e empresários do transporte coletivo avançou mais um capítulo nesta quinta-feira (15), durante a quinta audiência de mediação promovida pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do RN (SRTE). Em pauta, o reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho da categoria, que pode decidir por greve nos próximos dias.

Na reunião, os trabalhadores apresentaram proposta de reajuste salarial de 8,53%, aumento do vale-refeição para R$ 600 (reajuste de 36,36%) e 15,5% de reajuste no plano de saúde. A proposta, no entanto, foi rejeitada pelo setor patronal.

Os empresários ofereceram reajuste salarial de 5,53%, parcelado em duas vezes , 3,53% a partir de 1º de maio e mais 2% a partir de 1º de novembro. Também propuseram 7,5% de aumento no vale-refeição e no plano de saúde.

A comissão de negociação dos motoristas decidiu levar a proposta à apreciação da categoria em assembleias marcadas para esta sexta-feira (16), na sede do Sintro, para decidir se aceitam os termos ou se aprovam um indicativo de greve.

Do lado patronal, a justificativa para a proposta mais modesta inclui dificuldades financeiras, impactos da pandemia e concorrência com aplicativos de transporte por motocicleta. Os empresários alegam que só será possível discutir reajustes mais amplos após a licitação do sistema de transporte público, que deve estabelecer uma nova estrutura de remuneração.

A SRTE/RN marcou uma última audiência de mediação para a próxima terça-feira (20). O encontro é considerado decisivo para evitar uma paralisação do transporte coletivo na capital. 

Autor(a): BZN