O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) solicitou nessa segunda-feira (18) o bloqueio de R$ 3 milhões em bens do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, que confessou ter matado o gari Laudemir de Souza Fernandes, em Belo Horizonte, e de sua esposa, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira.

A medida, requerida pela defesa da vítima, busca garantir recursos para futura indenização à família do gari, evitando que os bens sejam desviados. O bloqueio inclui imóveis, veículos, ativos financeiros e participações societárias.

O promotor Guilherme de Sá Meneghin argumenta que, além da autoria confirmada por testemunhas, Renê utilizou a arma de sua esposa, o que configura responsabilidade solidária entre os dois.

Confissão e prisão

Em interrogatório nessa segunda-feira, Renê admitiu ter atirado contra Laudemir durante uma discussão de trânsito. Ele afirmou que pegou a arma sem o conhecimento da delegada e que esta foi a primeira vez que usou o armamento dela.

Renê foi preso no dia 11 de agosto, em uma academia, horas após o crime. Ele havia ameaçado a motorista de um caminhão de limpeza urbana para que liberasse a via. Ao ser confrontado pelos colegas da vítima, disparou e matou o gari.

O empresário pode responder por homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma e ameaça, crimes que somados podem resultar em pena de até 30 anos de prisão.

Autor(a): BZN