25 MAR 2024
Dados do 1º Relatório de Transparência Salarial, com informações de 500 empresas potiguares que possuem 100 ou mais funcionários, indicam que as mulheres ganham 23,9% a menos do que os homens no Rio Grande do Norte.
Trata-se do primeiro relatório com recorte de gênero no país, divulgado nesta segunda-feira (25) pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE).
As 500 empresas do RN que responderam ao questionário somam 168,2 mil empregados. Segundo os ministérios envolvidos, a “exigência do envio de dados atende à Lei nº 14.611, que dispõe sobre a Igualdade Salarial e Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens, sancionada pelo presidente Lula em julho de 2023”.
A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. No RN, em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 23,1%.
No cenário por raça, o relatório aponta que mulheres negras, embora sejam maioria no mercado de trabalho potiguar, recebem menos que mulheres brancas. Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 2.001,34, a da não negra é de R$ 2.390,33. No caso dos homens, os negros recebem em média R$ 2.710,76 e os não negros, R$ 3.082,27.
De acordo com o relatório registrou, 42,9% das empresas no RN possuem planos de cargos e salários; 26,9% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 17,8% têm políticas de apoio à contratação de mulheres; e 14,2% adotam incentivos para contratação de mulheres negras.
Apenas 10,2% possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 13,8% incentivam o ingresso de mulheres com deficiência, e apenas 2,5% têm programas específicos de incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência. Poucas empresas ainda adotam políticas como licença maternidade/paternidade estendida (10,5%) e auxílio-creche (17,1%).
Nacional
No Brasil, as mulheres ganham 19,4% a menos do que os homens, do total de 49.587 empresas que responderam ao questionário.
Autor(a): BZN