Cultura

Museu Café Filho abriga exposição “Celebrando Dorian”

28 MAI 2019

A Fundação José Augusto abre na próxima quinta-feira (30) no Museu Café Filho a exposição “Celebrando Dorian Gray”, organizada pela Sociedade Amigos da Pinacoteca, que como o nome sugere, homenageia um dos maiores nomes do modernismo das artes plásticas do Rio Grande do Norte: Dorian Gray, falecido em janeiro de 2017. Dois anos após sua partida, Natal tem a chance de se reencontrar com diversas fases de suas obras, que fazem parte do acervo da família, e algumas inéditas.

A curadoria foi feita pelos filhos de Gray, Dione e Adriano Caldas, e objetivou mostrar todo o domínio de técnicas, criações e pesquisas feitas pelo mestre. De acordo com divulgação, “são quadros que expressam a riqueza criativa do pintor com os sujeitos mais caros ao seu universo, tais como casarios, pescadores, barcos, marinas, beira rio, folclore, sempre ligado ao homem, ao seu tempo e a cultura”.

Para o diretor geral da Fundação José Augusto, Crispiniano Neto, é uma honra para a FJA abrigar mais uma vez uma exposição de Dorian Gray, que prestigia não só toda sua genialidade de traços como também proporciona ao espectador mais uma chance de estar diante de suas obras que mantém seu legado vívido em cores e traços.

Dorian Gray, Newton Navarro e Ivon Rodrigues foram os pioneiros em se aventurar em traços modernistas no Estado, em meados do século passado. Em 1949, os três juntos, apresentaram a primeira exposição de arte moderna que a capital potiguar já vira. Na época foi um “choque” e um burburinho na cidade, acostumada com pintores que trabalhavam com o figurativismo clássico. É o presidente do Conselho Estadual de Cultura e diretor da Sociedade Amigos da Pinacoteca, Iaperi Araújo quem lembra desse episódio: “A repercussão da exposição foi grande, mas as críticas negativas pelas distorções das obras, foram registradas nos jornais de Natal. Dorian era o menos figurativo dos três e isso chocou os intelectuais conterrâneos, afeitos as artes bem arrumadinhas e diletantes”.

Daquele momento em diante, sem dúvida, Dorian Gray foi um artista que passou a imprimir um estilo que se tornou conhecido e admirado além fronteiras do Estado e do Brasil, não só na pintura, como também na criação de tapetes, tendo ele criado um ponto original.

“Celebrando Dorian” é, portanto, uma homenagem póstuma, mas também um ponto de partida para demonstrar que embora não esteja mais vivo, sua obra e seu legado mantém sua arte viva, pulsante e inspiradora.

Autor(a): Saulo de Castro



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