16 ABR 2020
Em entrevista coletiva após o presidente Jair Bolsonaro confirmar seu nome para substituir Luiz Henrique Mandetta no Ministério da Saúde, o médico Nelson Teich chamou a atenção para pontos que são polêmicos e que "precisam ser discutidos".
Entre os pontos, falou sobre distanciamento e isolamento diante da pandemia do novo coronavírus. Diz que não havera "qualquer solução brusca". Considera de extrema importância que primeiro se conheça a doença (covid-9) para decidir qual a melhor ação, a forma de "distanciamento, isolamento". "Quanto menos informação você tem, mais aquilo é discutido, e isso não leva a nada porque é absolutamente ineficiente", destacou o novo ministro.
Falou sobre um artigo que escreveu recentemente, que é discutir saúde e economia, que não devem competir "entre si", porque são "complementares". Diz que quando se polariza os dois se forma um cenário de "pessoas versus dinheiro, o bem versus o mal, emprego versus pessoas doentes, e não é nada disso", afirma.
Fala que quanto mais se desenvolve economicamente o país, mais se investe em educação e saúde, mais se tem recursos para "ajudar a sociedade". Outro ponto foi o tratamento, como medicamentos e vacinas.
Afirmou que todas decisões serão tomadas com bases técnicas e científicas. E que se deve trabalhar com maior número de informação em um espaço mais reduzido de tempo. Trabalhar dados e inteligência, diante da incerteza do tempo, que as pessoas devem se colaborar. Alertou da necessidade de tratamento não só da covid, mas também de outras doenças.
Sobre o enfrentamento à covid-19, finalizou:
- A gente tem que entender mais da doença, porque quanto mais a gente entender da doença, maior vai ser nossa capacidade de administrar o momento, planejar o futuro e sair dessa política do isolamento, do distanciamento, que é fundamental, porque as pessoas têm muita dificuldade de se isolar.
Defende que para conhecer a doença é necessário se fazer testes, que envolva o SUS e a saúde complementar, a iniciativa privada, sintomas etc, para definir ações e controlar o momento dramático de hoje. Afirma que existe um "alinhamento" entre ele, o presidente e toda a equipe ministerial.
Em tempo
O novo minisgtro começou sua fala, que foi breve, agradecendo: "Primeiro eu quero agradecer ao presidente a oportunidade de estar aqui, de assumir no país, para mim é uma honra estar aqui para ajudar ao país e às pessoas".
Bolsonaro encerrou:
- Obrigado a todos e que Deus proteja o nosso Brasil.
Autor(a): Eliana Lima