01 FEV 2024
Nunca antes na história do Brasil um presidente da República esteve em tantos momentos unha e cutícula com ministros do Supremo.
E com declarações, atos e atitudes similares. Com aplausos mútuos. Idem, em holofotes demagógicos.
Na abertura do ano do Judiciário, nesta quinta-feira (1º), o presidente Lula da Silva (PT) foi recebido com pompas e circunstâncias no STF.
Tanto no seu discurso quanto no do presidente-supremo, Luís Roberto Barroso, houve alfinetadas indiretas aos defensores da direita, em falas que remetem a “extremistas” e “democracia”, aproveitando-se de uns e outros que estiveram nos atos de vandalismo no dia 8 de janeiro de 2023 em Brasília.
Deixaram uns gradeados na frente do STF para serem retirados hoje como “símbolo” da ‘democracia’. Observando-se, vê-se nada de povo próximo, apenas autoridades. Mas isso é outra coisa.
Pois bem
Disse Lula no seu discurso politico em nome da democracia, numa referência oculta a Bolsonaro: “Precisa ser defendida dos extremistas que tentam fazer dela um atalho para chegar ao poder, corroê-la por dentro e, sobre suas ruínas, erguer as bases de um regime autoritário”.
Defendeu, em entrelinhas, a regulação das mídias sociais, um desejo que ele realizará: “É preciso defender a liberdade de expressão, [...] mas, ao mesmo tempo, combater os discursos de ódio contra adversários e grupos minoritários historicamente vítimas de preconceito e discriminação. É preciso desmantelar a criminosa máquina de fake news que durante a pandemia espalhou suspeitas infundadas sobre vacinas, causando a morte de centenas de milhares de brasileiros e brasileiras”.
É.
Autor(a): BZN