21 DEZ 2020
Estudo inédito contratado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), junto à Ecconit Consultoria Econômica, mostra que o déficit habitacional do Nordeste é o maior do Brasil.
A região concentra 34,8% da falta de moradias no país e é puxada pela coabitação ocasionada pelo número de famílias conviventes no mesmo imóvel.
De acordo com a análise, o Nordeste sofre com a ausência de mais 1,5 milhão de residências para atender a população, considerando apenas o déficit restrito.
Já o déficit ampliado, com a soma do ônus excessivo de aluguel (empenho de mais 30% da renda com locação), o total sobe para mais de 22 milhões de moradias, ao se incluir 748.429 unidades habitacionais da categoria do ônus.
Presidente da Abainc, Luiz Antonio França considera que, apesar dos números preocupantes, o Nordeste conseguiu reduzir o déficit habitacional em 844 mil moradias entre 2004 e 2019. Já nas demais regiões, o aumento do comprometimento da renda com aluguel fez o déficit subir em 1,8 milhão de moradias, resultando em um saldo global de 193 mil unidades a menos no déficit nacional.
Diz:
- Ao longo de 15 anos, como mostra o estudo, o país como um todo reduziu o déficit em 2 milhões de moradias, com destaque para o Nordeste, que representou 40% dessa queda. A redução reflete as políticas públicas de habitação para a população de baixa renda. É preciso reforçar e ampliar programas de habitação para zerar o déficit habitacional brasileiro, bem como focar na redução dos juros atrelados ao financiamento imobiliário.
Em tempo
O estudo foi elaborado com base em dados do IBGE reunidos e analisados pela equipe da Ecconit, que é formadas pelos economistas Robson Gonçalves, Marco Capraro Brancher e Ana Maria Castelo.
Ranking completo do ranking do déficit habitacional do Nordeste por faixa de renda:
Autor(a): Eliana Lima