Política

Novo superintendente da Sudene assume missão de reduzir desigualdades no Nordeste. Detalhe: a Sudene existe há 64 anos

10 JUL 2023

Foto: Douglas Fagner

A Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) foi criada em 1959 pelo então presidente Juscelino Kubitscheck para desenvolver a região Nordeste.


Todos os órgãos federais com atuação na região teriam de submeter suas programações à Sudene, que aprovaria-as, e os recursos da Sudene nunca poderiam ser inferiores a 2% da receita tributária da União, estabelecidos na Constituição como fundo de auxílio ao Nordeste no combates às secas.


As irregularidades encontradas nos projetos motivaram a extinção, em maio de 2001, com denúncias que envolviam desvio do dinheiro destinado a projetos de desenvolvimento do Norte e do Nordeste, cujos recursos vinham de renúncia fiscal -- empresas tinham isenção de até 18% no Imposto de Renda devido se aplicassem o dinheiro nos projetos.


As denúncias ganharam destaque em 2000 com a disputa política entre os então senadores Jader Barbalho (PMDB-PA) e Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), na época presidente do Senado. Um dos projetos suspeitos tinha a mulher de Jader como sócia. Jáder é pai do hoje ministro das Cidades, Jáder Filho.


Bom, mas isso é outra coisa.


Apesar dos 64 anos de tentativa por um NE desenvolvido, surgiu nesta segunda-feira (10) mais uma esperança, com a posse de Danilo Cabral, pernambucano de Surubim, para promover o desenvolvimento econômico da região do Nordeste.


Galardoou o ministro Waldez Góes, que empossou o novo guerreiro:


- É muito importante que haja mais integração entre o ministério e as vinculadas, com planejamento. Temos um jovem bem-preparado, com experiência administrativa e política dignas de assumir a Sudene. Não tenho dúvida de que este é um momento de retomada da agenda para os brasileiros que mais precisam.


Ao discursar, o que Danilo falou de projetos para serem efetivados e, finalmente a idosa Sudene de guerra conseguir, finalmente, fazer o Nordeste crescer e ser o pato exuberante do Brasil?


O arcaico retrovisor político adversário, lamentável, não permitiu. Ou seja, estratégia para quem não tem o que fazer. Ainda. Se é que entendem-me. 


Discorreu o gênio:


- Infelizmente, a gente viu que o debate federativo foi obstruído, a Sudene foi esvaziada em função de diferenças políticas com a região. Nós precisamos reconectar a Sudene com as instâncias em que dialogam com as questões regionais.


Pois bem


Vamos aguardar. Mais uma vez.

Autor(a): Eliana Lima



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