Não passou despercebido pelo BZN o detalhe da foto publicada no perfil do Instagram de Lula, diante do cumprimento carinhoso entre o petista e a presidente do STF, ministra Rosa Weber, antes da solenidade de abertura do Ano Judiciário, nesta quarta-feira (1°): o procurador-geral da República, Augusto Aras ao fundo.

Talvez tenha sido proposital o ângulo. E a foto que abriu a sequência no perfil. Logo após o polêmico discurso de Aras, escolhido pelo então presidente Bolsonaro para comandar a PGR.

Pois bem

Aras mandou recados em seu discurso ao refutar críticas de que sua gestão foi inerte na repressão das invasões e ataques em Brasília no dia 8 de janeiro.

Disse que o Ministério Público atuou de forma “discreta, evitando que extremistas se manifestassem contra o regime democrático, que preferiu “agir preventivamente”. E que “se for necessário reprimir os atentados, nós o faremos”.

Discorreu que defende “a sua amada” democracia. “Democracia, eu te amo, eu te amo, eu te amo”, que coou.

Imaginem as reações da plateia. Pois foi.

Mexeu nos brios aos criticar a atuação jurisdicional baseada em “eclipses da legalidade”. Muitos entenderam como recado ao ministro-supremo Alexandre de Moraes. 

Mandou mais:

- Os fins não justificam os meios. A evocação de fins nobres não pode prescindir da aplicação das normas constitucionais plasmadas em 1988. A invocação da defesa da democracia não sana os vícios da ação estatal que se afastam do previsto na Constituição.

Autor(a): Eliana Lima