04 JUN 2025
No distante 4 de junho de 1989, o mundo testemunhou uma das imagens mais emblemáticas da luta por liberdade: um homem anônimo, hoje conhecido apenas como “Tank Man”, colocou-se sozinho diante de uma coluna de tanques do Exército chinês, tentando impedir seu avanço, em Pequim, um dia após o massacre que marcou a Praça da Paz Celestial (Tiananmen).
Naquela madrugada, a repressão ordenada pelo Partido Comunista Chinês (PCC) desabou sobre milhares de manifestantes, em sua maioria estudantes, que ocupavam a praça pedindo mais democracia, transparência e liberdade política.
As estimativas de mortos variam: oficialmente ignoradas, mas organizações internacionais falam em centenas ou até mais de 2 mil vítimas. Um crime político abafado até hoje. Não se fala sobre Tiananmen na China, é censurado, deletado, silenciado.
E é essa censura que o presidente Lula quer implementar no ainda democrático brasil. E já decidiu que o Congresso ou o STF assim fará, de acordo com as coordenadas que um representante chinês virá ao país traçar.
Em tempo!
O “Tank Man” tornou-se um símbolo global de resistência solitária, de coragem civil diante de uma máquina de repressão estatal. Seu nome e destino permanecem desconhecidos. Mas sua imagem resiste, onde a memória é permitida.
Em tempo!
Na época do massacre, Xi Jinping era membro do Partido Comunista Chinês e ocupava o cargo de secretário do Comitê Municipal de Xiamen, uma cidade costeira no sudeste da China.
Pois é!
36 anos depois e o mesmo regime comunista que ordenou aquele massacre segue no poder, endurecendo o controle sobre sua população, e exportando sua tecnologia e expertise em censura digital.
Por isso, causa profunda inquietação que o governo brasileiro anuncie parceria com “especialistas” chineses para discutir regulação de redes sociais, sob o pretexto de combater desinformação. O risco é que, sob o manto do combate às fake news, imite-se a lógica autoritária de censura preventiva e perseguição a opositores.
A China é hoje o país mais avançado em vigilância estatal, com censura algorítmica, controle de comportamento e punições digitais. Não é referência em liberdade de expressão. É exatamente o oposto.
Importar o know-how de censura de quem calou Tiananmen é virar o rosto para o “Tank Man”, e, talvez, passar com o tanque por cima de quem ousar resistir.
Autor(a): BZN