Polícia

Publicitário Jener Tinoco entra para as estatísticas das vítimas de violência no RN. Somos bananas numa republiqueta falida

14 SET 2023

O publicitário e apresentador Jener Tinoco entrou para as altas estatísticas de vítimas da violência em Natal. E todo RN.


Sofreu dramática tentativa de assalto nessa quarta-feira (13). Em plena luz do dia. O que antes era improvável, hoje já não é mais ousadia.


Jener faz um desabafo importante (vídeo abaixo). Para que possamos acordar. O banditismo nos tira o direito de ir e vir. Vivemos com medo, inclusive, dentro de casa. Medo dentro e fora do carro. Medo por todos os lados.


Vivemos na ilusão de que os candidatos que escolhemos para nos representar nos poderes são os melhores. Não porque têm histórico de gestão, de políticas públicas para a coletividade. Não pelo zelo com a coisa pública.


Compramos brigas por políticos de estimação. Por ideologias. Por amizade. Pelo umbigo. Somos tolos úteis. Sejam de esquerda, sejam de direita.


Não nos preocupamos conosco, nem com o próximo. Estamos enfeitiçados e nos achando inteligentes e preparados. Estamos sempre com a razão. Mas sequer sabemos que a base de tudo é educação. Não damos ouvidos, mesmo que aos estampidos.


Moramos numa cidade e num estado onde a impressão é de que os festejos juninos acontecem o ano inteiro. Seja por troca de tiros. Seja pelos conhecidos fogos para anunciar que o ilícito está disponível.


Não se iluda. A solução não está - apenas - na aquisição de mais armamentos, viaturas, coletes balísticos. Nem concurso para mais efetivo. Alguns nem chegam a trabalhar. Muitos estão no perigo ruas. Outros são privilegiados em gabinetes refrigerados.


A qualquer notícia de barbaridade, os gritos logo ecoam: cadê a polícia?


Tolice. Vivemos em um ambiente dominado pelo crime. Mais organizado que o Estado. Mais fortalecido. Existem locais em comunidades que a polícia sequer consegue entrar.


Os jovens estão reféns das drogas e do recrutamento para o exército fora da lei. Não apenas por falta de escolas e de políticas públicas efetivas. Também por incompetência dos cidadãos. Que não alcançam o quanto são reféns do achaque com sua vida. E sua cidadania.


Somos fantoches que se acham peritos em política. Não passamos de bananas de uma republiqueta falida.



Autor(a): Eliana Lima



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