08 DEZ 2024
Líder do Hayat Tahrir Al-Sham (HTS), grupo de rebeldes islâmicos à frente da ofensiva que derrubou a ditadura Assad, Mohammed Al-Jolani tem agora o desafio de transformar esses dissidentes da Al-Qaeda, repleto de nacionalistas, terroristas e extremistas, em uma organização capaz de governar o país, hoje um dos mais pobres do mundo.
Gosto muito das análises do jornalista Ricardo Silva, do Spotniks. E ele faz esse breve apanhado sobre o cenário:
O que vimos neste sábado é a história acontecendo, em um dos seus capítulos mais importantes no século 21.
Bashar al-Assad caiu. Essa não é só uma derrota da família que controla a Síria há mais de 50 anos, mas da teocracia iraniana e da autocracia russa.
Isso não significa que o futuro próximo deste país será glorioso, mas que o seu passado autoritário está prestando as contas com a História.
Há uma década, a guerra civil síria provocou a maior crise de refugiados na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial, e ajudou a remodelar a política do continente. A ascensão da nova direita ocidental está umbilicalmente ligada a Damasco.
A partir deste sábado, uma nova história será contada. Sem Bashar al-Assad.
Autor(a): BZN