Política

Oficiais e praças não se entendem diante do movimento "equiparação já"

22 MAR 2022

Foto: Manifestação de hoje em frente à Governadoria

Oficiais e corpo de praças da Polícia Militar do RN, integrantes de associações representativas, não estão se entendendo diante do movimento que cobra do governo estadual a retomada das discussões sobre a equiparação salarial entre os servidores da segurança pública do Estado. 


Com as redes sociais incendiadas com comentários que desagradaram, a Associação dos Oficiais Militares (ASSOFME) foi ao Instagram externar repúdio.


Segue a nota:


- A Associação dos Oficiais Militares do Rio Grande do Norte externa todo seu repúdio ao tratamento desrespeitoso, e com requintes de crimes de calúnia e injúria, com que alguns integrantes do corpo de praça da Polícia Militar impuseram a oficiais da corporação através de vídeos nas redes sociais.


Tal comportamento ataca o próprio movimento que está sendo feito por aquela categoria.


Querer levantar bandeiras de forma açodada e com requintes de radicalismo atacando profissionais com grande serviço prestado à segurança do Estado potiguar é uma afronta ao próprio povo desta terra que reconhece e aplaude o trabalho feito pelos oficiais da Polícia Militar do Rio Grande do Norte.


A ASSOFME se mantém, inarredavelmente, com as suas lutas e bandeiras transparentes e intransponíveis, em defesa dos oficiais de ontem e de hoje da PM potiguar.


Natal, 22 de março de 2022 


Mais


Ontem (21), o presidente da ASSOFME, major Robson Teixeira, pronunciou-se sobre o movimento nas redes sociais e, ao que parece, desagradou alguns praças.


Escreveu:


- Neste dia 22/03/2022, o movimento denominado "equiparação já" protagonizado pelas associações representativas de praças militares estaduais apresenta uma tabela de majoração ao Governo do estado completamente inviável, tanto que não equipara em hipótese alguma com os salários de outras carreiras da segurança pública (muito longe disso), como retira direitos, desprivilegia praças e oficiais mais antigos e da reserva, quando propõem extinguir os níveis. Não tem outra saída, na hora que colocamos o orçamento de pessoal maciçamente nos postos e graduações iniciais, comprometemos os rendimentos dos mais antigos. Um exemplo, é a própria Polícia Civil, que está lutando com todas as forças para manter seus "níveis" (anuênios).


Não é interessante esse movimento que eles tentam engendrar de separação de classes. Nossas grandes conquistas foram conseguidas ombreando lado a lado. Temos um horizonte que está bem próximo, uma distorção salarial abissal para resolvermos em tempo oportuno, fazendo a verdadeira "equiparação", qual seja, elevar o "soldado nível I" a patamares isonômicos com a entrada de outras carreiras, e nao fazendo atalhos que não resolvem o problema a médio e longo prazo, como extinguir os níveis.


A Associação de Oficiais Militares Estaduais do RN propõe à sensibilidade do governo e dos militares que aceitem a proposta de adiantamento do aumento salarial de 4,58% que só viria em novembro. É um ganho de oito meses que contempla a todos: oficias e praças (da ativa e da reserva) e pensionistas.


ASSOFME


Lutando por dignidade profissional

Autor(a): Eliana Lima



últimas notícias