30 JAN 2025
Na primeira semana do ano, entrei na parte lateral da Fundação José Augusto (FJA) diante da curiosidade ao observar o desgate de um belo painel pintado na parede por vários artistas. Resolvi ver como estava até a parte atrás.
Deparo-me com uma marcenaria sem funcionar e com móveis históricos de museus e teatros entregues ao pó. E entre eles uma bela tela que o artista plástico Mocó, seridoense potiguar de expressão internacional, presenteou o Rio Grande do Norte, entregando-a pessoalmente à governadora Fátima Bezerra (PT), há cerca de um ano, quando ele veio a Natal. Tela que trouxe especialmente do seu ateliê na Califórnia (EUA).
Pois bem
Na semana passa estive novamente no local, mas a mercenaria estava fechada. Filmei por uma parte aberta, como uma janela fechada apenas por grade. Imaginem em dia de chuva o estrago ainda maior que não deve fazer. Esse é um dos maiores encândalos com o patrimônio público histórico e cultural do RN.
Pois bem de novo! O quadro não estava mais no local. Nem os aparadores históricos do Palácio do Governo. As peças que mais chamei atenção nos posts que aqui escrevi no início do mês, leia aqui, aqui e aqui.
Perguntei nessa quarta-feira (29) pela obra de Mocó. A resposta da FJA informou que iria checar. Para minha surpresa, recebo da assessoria um vídeo de problemas de alagamento ainda na parte de obra da engorda de Ponta Negra. Evidentemente, respondi a sorte que tem Natal de ter prefeitos como Álvaro Dias e Paulinho Freire, gestores realizadores do desenvolvimento para a coletividade. E hoje (30) recebo esta mensagem: “Bom dia. Vc não deve ter ido pessoalmente a praia né. Fica somente na tocaia visitando furtivamente as dependências da FJA. Tranquilo. Sigamos. Cada qual com seu jornalismo”.
É. Sigamos.
Dentro, sem a tela de Mocó e sem os aparadores do Palácio do Governo
No início de janeiro
Marcenaria fechada
Autor(a): Eliana Lima