Política

Os brasileiros já pagaram neste ano de 2023 nada menos que inéditos R$ 3 trilhões

25 DEZ 2023

Os números estão no Impostômetro, painel eletrônico da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).


Desde que passou a funcionar, em 2005, é a primeira vez que o painel registra essa marca, que ocorreu às 16h desta segunda-feira (25).


Segundo a ACSP, os R$ 3 trilhões incluem impostos, taxas e contribuições pagas pelos brasileiros à União, estados e municípios desde o início do ano até agora. 


“Com raras exceções - como a de 2020, início da pandemia de covid 19 -, ano após ano a arrecadação vem aumentando. E não foi diferente desta vez. Em 25 de dezembro do ano passado o Impostômetro registrou R$ 2,8 trilhões, R$ 200 bilhões a menos que a marca atual”, informa.


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É sempre importante lembrar que aumento de arrecadação não é algo ruim. Uma economia aquecida, com investimentos e consumo em alta, implica no aumento do volume de tributos que entra nos caixas dos governos. O problema aparece quando a arrecadação cresce também via aumento de impostos, algo que acontece com frequência no país. 


Desde o Plano Real, implantado em 1994, a carga tributária brasileira cresceu 6 pontos percentuais, passando de 28% do Produto Interno Bruto (PIB) para os atuais 34%. 


Em 2023, o governo federal manteve essa “tradição” e anunciou um pacote de medidas que busca elevar a arrecadação neste e nos próximos anos. 


Algumas dessas ações envolvem aumento de impostos, como o fim das alíquotas reduzidas do ICMS para combustíveis, energia elétrica e telecomunicações, que vigoravam desde meados de 2022. O ICMS, recolhido pelos estados, tem o maior peso dentro da arrecadação total do país. 


Também houve a reoneração de impostos federais para os combustíveis, cujas alíquotas de PIS/Cofins ficaram zeradas ao longo de 2022 e início de 2023. 


Mas, a partir de fevereiro deste ano, voltaram a subir para gasolina e etanol, passando a ser cheias em junho. 


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Dinheiro que deveria financia as ações dos governos, como investimentos nas áreas da saúde, educação, segurança pública, entre outras. 


Contudo, entretanto, pagamos gastos de pompas e circunstâncias dos poderes ao bel-prazer deles, como as luxuosas viagens de Lula e Janja com camaradas; compras de artigos sofisticados para uso do primeiro-casal.


E estamos na iminência dos políticos decidirem que vamos trabalhar muito para pagar R$ 5 bilhões de fundo eleitoral. Que muitas vezes terminada como moeda de compra de votos.


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Segundo a associação paulista, a maior parte dos recursos é destinada ao pagamento de pensões e aposentadorias. Nessa conta, entra ainda o custeio da máquina pública, e o pagamento dos juros da dívida pública. 


No final, sobra pouco para aplicar em áreas que poderiam contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país. 

Autor(a): BZN



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