06 OUT 2020
O voto do desembargador-relator Nicomedes Domingos Borges foi acompanhado pela unanimidade da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás e a ação do Ministério Público (MP-GO) contra o padre Robson Oliveira, no âmbito da Operação Vendilhões, foi arquivada.
Assim, reconhece que o sacerdote não cometeu ilicitude.
Sobre a o retorno das funções do religioso na Igreja e na Afipe (Associação Filhos do Pai Eternoe), a assessoria do padre informou à imprensa goiana que vai depender de decisões internas.
Vendilhões
A operação foi deflagrada pelo MP de Goiás para investigar o padre por supostos crimes de apropriação indébita, lavagem de capitais, organização criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica junto a dirigentes da Afipe.
As lupas do MPGO apuram desvios de R$ 120 milhões nas contas das associações.
Das justificativas apresentadas pela defesa, a operação só começou após o padre sofrer extorsão, assim, as provas são ilícitas.
O desembargador Nicomedes discordou da ilicitude da prova, mas entendeu que o estatuto da associação permite os mais variados investimentos com o dinheiro doado pelos fiéis.
Considerou:
- Quem deixou no banco, perdeu dinheiro com a alta do dólar. E a Afipe investiu em fazendas, imóveis dos mais variados, TV etc.
Assim, os itens adquiridos não caracterizam desvio de finalidade.
Autor(a): Eliana Lima