23 NOV 2024
Celeste Caeiro é a razão pela qual o movimento que encerrou a ditadura liderada por Antônio Salazar, em 25 de abril de 1974, recebeu o nome de Revolução dos Cravos.
Ela trabalhava num restaurante em Marquês de Pombal, Lisboa, e, no dia em que a revolução aconteceu, o dono do restaurante pediu-lhe para comprar alguns cravos para comemorar o um ano de abertura do espaço. Quando ela chegou, ele lhe disse que estava acontecendo um movimento militar contra o governo fascista nas proximidades, então o evento foi cancelado.
Celeste ficou encarregada de levar os cravos para casa. Ao deixar o local, foi abordada por um soldado que lhe pediu um cigarro. Ela então ofereceu-lhe a flor, e fez o mesmo com os outros militares presentes no local. Os tubos de armas ficaram cheios de cravos. As imagens se espalharam pelo mundo, eternizando o gesto de Celeste como símbolo da revolução pacífica que pôs fim a 40 anos de regime ditatorial.
No último dia 15, a “Dama dos Cravos“ partiu, aos 91 anos. Uma celebrada mulher pequena na estatura, mas gigante na personalidade. A morte de Celeste também reforça a luz sobre o imenso problema de saúde pública que vive Portugal. Ela buscou sem sucesso atendimento para o problema de saúde que enfrentava, e acabou falecendo sozinha, sem receber os cuidados de que precisava. Agora, o ministério público português investiga o caso.
Autor(a): BZN