Disse um dia Luís Fernando Veríssimo, após sobreviver a uma grave internação, com o seu humor ácido: “A morte é uma sacanagem. Sou cada vez mais contra”.

O ano em que ele resumiu em poucas palavras sua visão mordaz sobre o fim inevitável foi 2013.

E neste sábado (30), o Brasil perdeu este que foi um maiores cronistas brasileiros. Luis Fernando Verissimo, 88 anos, foi escritor, jornalista e imortal da Academia Brasileira de Letras. Seguiu para a dimensão iluminada em Porto Alegre (RS), devido a complicações de uma pneumonia.

Filho do grande Érico Veríssimo, ele conquistou gerações com seu humor refinado, ironia elegante e personagens inesquecíveis, como a turma da “Velha Surda”, a sátira política e o clássico “Analista de Bagé”.

Verissimo deixa um legado que atravessa fronteiras literárias: mais de 60 livros publicados, entre crônicas, romances, contos e quadrinhos, além de uma produção jornalística que marcou a cultura brasileira.

Autor(a): BZN