Delegado da Polícia Civil de do município paulista de Registro, Daniel Rocha solicitou hoje (22) na 1ª Vara Criminal a prisão preventiva do procurador Demétrius Oliveira de Macedo, 34 anos, flagrado agredindo com socos, chutes e palavrões a procuradora-geral do município, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, 39. As imagens viralizaram e provocaram indignação nas redes sociais.

No despacho, o delegado informa que o procurador “vem tendo sérios problemas de relacionamento com mulheres no ambiente de trabalho, sendo que, em liberdade, expõe a perigo a vida delas, e consequentemente, a ordem pública".

Para fundamentar o pedido de prisão preventiva, constam no inquérito policial fotos e vídeos da agressão, e o depoimento da procuradora-geral.

Na delegacia, o procurador alegou que a agressão foi cometida por sofrer assédio moral no trabalho. Foi liberado. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de SP informou que "o caso foi registrado como lesão corporal e é investigado pela DDM de Registro. A equipe da unidade já ouviu a vítima e o agressor e aguarda o resultado dos exames periciais para análises e elucidação dos fatos. Detalhes serão preservados para garantir a autonomia ao trabalho policial".

O Tribunal de Ética e Disciplina da OAB instaurou "ofício de representação" contra o agressor. "Diante do ato de violência" o presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/SP Guilherme Magri informou, em nota, que foi determinada a "instauração de ofício de representação contra o acusado" e que, ainda, determinou que "se proceda aos trâmites processuais necessários à suspensão preventiva do acusado".

Também se manifestaram o Conselho Federal, o Colégio de Presidentes das Seccionais da OAB e a OAB-SP, que disseram terem recebidos "com indignação e preocupação a notícia de que a procuradora-Geral do município de Registro, em São Paulo, foi brutalmente agredida em seu ambiente de trabalho, por um colega, em decorrência de sua atuação profissional".

A OAB informou que acompanhará, por meio das comissões da Mulher Advogada do Conselho Federal e da seccional paulista, o caso na Justiça.

Em tempo

O procurador foi suspenso das atividades e o salário cortado, como publicado no Diário Oficial do Município de Registro.

Autor(a): Eliana Lima