Policiais da Delegacia Especializada de Capturas e Polícia Interestadual (Decap/Polinter) prenderam nesta segunda-feira (6/11), na Redinha, em Natal, um advogado, 35 anos, suspeito de organização criminosa e que estava foragido de Justiça.

O homem foi preso em agosto de 2022, no âmbito da Operação Carteiras 2, deflagrada pelo Ministério Público, após investigação apontar ele usava de suas prerrogativas como advogado para evitar a fiscalização penitenciária. Assim, promoveria a comunicação entre presos que seriam chefes da organização criminosa. Não foi informado se ele havia sido liberado ou fugiu da prisão.

O mandado de prisão foi expedido pela 2ª Vara Regional de Execução Penal, do Tribunal de Justiça do RN (TJRN). 

Em tempo

A Operação Carteiras 2  foi deflagrada no dia 8 de agosto de 2022. O advogado foi preso por suspeita de integrar uma organização criminosa que atua dentro e fora de unidades prisionais do RN. Ocasião em que foram cumpridos outros quatro mandados de prisão contra detentos.

A prisão ocorreu na Penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta. A investigação do MPRN apurou que ele, por diversas vezes, trocou “catataus” (mensagens) com detentos, estabelecendo a comunicação entre os internos integrantes da organização criminosa que ainda estão nas ruas e as lideranças encarceradas.

Lupas do MPRN identificaram que no dia 6 de outubro de 2021, o advogado entrou na Penitenciária de Alcaçuz com um print de conversa do aplicativo WhatsApp sobre venda de objeto ilícito. No dia 27 de novembro do mesmo ano, durante atendimento a internos da mesma unidade prisional, ele deixou cair um papel no parlatório. Esse “catatau” tratava de comunicação dos presos com integrantes da organização criminosa.

Para o MPRN, o advogado preso se aproveitava de suas funções para driblar a fiscalização penitenciária, usando criminalmente suas prerrogativas.

Autor(a): BZN