15 SET 2023
A Meia Maratona do Sol Sicredi, uma das corridas de rua mais icônicas do Nordeste, tem mais um motivo para se orgulhar: pela primeira vez, garantiu a presença do Comitê Paralímpico Brasileiro, promovendo uma avaliação meticulosa dos atletas com deficiência antes da competição. O objetivo da iniciativa pioneira é assegurar que todos os participantes tenham a oportunidade de competir de forma justa.
Em um cenário onde a inclusão e a igualdade de oportunidades são cada vez mais destacadas, a presença do Comitê Paralímpico Brasileiro na Meia Maratona do Sol Sicredi marca um passo significativo em direção a uma sociedade mais justa e acessível para todos.
“A Meia do Sol é o primeiro evento de rua, no Brasil, que se junta e fortalece o movimento paralímpico. Isso é histórico e precisa ser divulgado para que outros sigam o exemplo, acolham os paratletas do RN, medalhistas paralímpicos e mundiais. Para a sociedade esse ato inclusivo é muito positivo", enfatiza Magnólia Figueiredo, presidente da Federação Norte-rio-grandense de Atletismo.
Além disso, a Meia Maratona do Sol valoriza a pessoa com deficiência também na premiação da competição. "A gente destina a premiação de forma igualitária, ou seja, todo montante em dinheiro pago em premiações é dividido de forma igualitária entre as categorias profissionais e a de pessoas com deficiência. Desconhecemos outra prova no Brasil que faça isso", aponta Gabriel Negreiros, diretor de Comunicação da HC Sports.
Avaliação dos Atletas
Durante a entrega dos kits, na Expo Meia do Sol, os atletas com deficiência são submetidos a uma avaliação detalhada realizada por profissionais qualificados do Comitê Paralímpico Brasileiro. Durante essa avaliação, cada atleta tem suas capacidades funcionais analisadas minuciosamente, levando em consideração o tipo e o grau de deficiência.
O objetivo dessa avaliação não é limitar a participação dos atletas, mas sim garantir que eles recebam o suporte adequado para competir em igualdade de condições com os demais corredores.
A avaliação dos atletas das categorias PCD homologadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro está sendo feita mediante apresentação do laudo médico, carteira de identidade esportiva ou documento emitido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), ou pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC). A documentação passa por uma análise dos profissionais classificadores do Comitê Paralímpico. Os documentos obrigatórios para qualquer pessoa inscrita na Categoria PCD, seguindo o regulamento da prova.
Constatada a deficiência, mas não se enquadrando na categoria competitiva após o exame de classificação, o atleta considerado inelegível é remanejado para a Categoria Geral PCD.
As categorias competitivas no masculino e feminino, nas provas de 21 km, 10 km e 5 km, são:
Cadeirante (CAD) - T32, T33, T34, T51, T52, T53 e T54;
Deficiente Visual (DV) - T11, T12 e T13;
Amputado - Membros Inferiores (AMP) - T42, T43 e T44;
Amputado - Membros Superiores (DMS) - T45 e T46;
Deficiência de Membros Inferiores (com próteses) - T61 e T64;
Deficiente Intelectual (DI) - T20.
Com o intuito de fazer com que os atletas inscritos possam competir de forma justa, sendo devidamente classificados em suas respectivas categorias. A presença do Comitê Paralímpico Brasileiro marca um ponto de virada e, esperançosamente, inspirará outras corridas de rua e competições esportivas a adotar medidas semelhantes, garantindo que o esporte seja verdadeiramente uma arena onde todos possam competir em igualdade de condições, independentemente de suas habilidades físicas.
"A vinda do Comitê Paralímpico é de suma importância para a classificação correta das categorias, de acordo com as devidas deficiências. Três avaliadores vieram e já estão atendendo a todos que são PCD. A gente vê que os atletas com deficiência estão comemorando, porque agora vão competir de forma justa, e para nós é uma grande satisfação ser a primeira corrida de rua a ter essa banca paralímpica", conclui Nivaldo Pereira, diretor da HC Sports, empresa organizadora da Meia.
Autor(a): BZN