01 FEV 2024
De cada cinco trabalhadores que conseguiram uma vaga no mercado de trabalho formal no Rio Grande do Norte no ano passado, quatro foram contratados por uma micro e pequena empresa. O segmento foi responsável por 80% de todos os 22.630 novos postos de trabalho abertos no estado ao longo de 2023 e contribuiu decisivamente para que o saldo de empregos fechasse 2023 com um aumento de 7,79% em comparação com o registrado no ano anterior, quando foram criadas 20.994 novas vagas no total. Entre as atividades, o setor de serviços foi o maior gerador de oportunidades para quem estava em busca de inserção no sistema de contratação com carteira assinada.
As informações estão no Mapa do Emprego do RN, publicação elaborada pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, que nesta edição apresentada os dados do ano passado do mercado de trabalho potiguar a partir dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de dezembro, divulgados nessa terça-feira (30).
Em dezembro passado, empresas de todos os portes registraram uma desaceleração no ritmo de novas admissões. O último mês de 2023 registrou quedas significativas na geração de empregos, quando se compara o desempenho com dezembro de 2022. A maior ocorreu nas empresas de grande porte, que tiveram uma baixa de 937%, enquanto nas médias corporações, a diferença entre demissões e contratações caiu 67%. Já os pequenos negócios apresentaram a menor redução de um ano para outro, 35%. Porém, no ano passado, foram essas empresas de pequeno porte que mantiveram o resultado geral de vagas abertas positivo no estado.
Apesar de o saldo de empregos gerados pelos empreendimentos de micro e pequeno porte ter destaque pelo desempenho, o total é 5% inferior ao quantitativo de vagas abertas por essas empresas em 2022, cujas vagas criadas chegaram a 19.133, frente às 18.102 abertas em 2023.
O volume de vagas acumuladas por essa fatia de pequenos empreendimentos foi quatro vezes maior que o total dos novos empregos gerados por todas as empresas de demais portes, contribuindo indubitavelmente para o saldo de empregos fosse positivo em mais de 22,6 mil vagas em 2023, o segundo melhor resultado desde 2013, incluindo o período de início da pandemia de covid-19, em 2020, ficando atrás somente do saldo verificado em 2021, quando foram admitidos um adicional de quase 33 mil trabalhadores no regime celetista. Em doze meses, ocorreram 212.567 admissões e 189.937 desligamentos. Com isso, o RN entra 2024 com um estoque de 480.964 pessoas empregadas.
A prestação de serviços chegou a criar 11.434 empregos formais no ano passado, com destaque para as atividades de teleatendimento. O setor industrial foi o segundo a abrir mais oportunidades em 2023, com 4.349 novas vagas geradas. Sobretudo na área de redes de esgoto, sem incluir a gestão dessas redes. Já a construção civil teve um saldo de 3.824 empregos gerados. Apenas a construção de edifícios chegou a empregar 2.356 trabalhadores a mais nessa atividade.
Tradicionalmente liderando o ranking de abertura de postos de trabalho no RN, o comércio não obteve desempenho de anos anteriores e encerrou 2023 com um saldo de 1.812 vagas, incrementado sobretudo pelas contratações realizadas pelo varejo de mercadorias em geral, com predominância do segmento supermercadista, que contabilizou 672 novos empregos criados. Já no setor agropecuário o saldo foi de 1.211 vagas, impulsionadas pela cultura do melão.
Distribuição das vagas
O Mapa do Emprego revela as regiões por as vagas criadas no passado foram distribuídas, levando em consideração os cinco municípios que mais abriram ou fecharam postos de trabalho. A capital do Oeste foi a cidade onde foi aberto o maior volume de novos empregos. Ao todo, foram criadas 6.923 vagas em 12 meses em Mossoró, enquanto Natal abriu outras 5.241. Situados na Região Metropolitana, os municípios de Parnamirim e São Gonçalo do Amarante ficaram na terceira e quarta posições pela abertura de 2.041 e 1.337 postos de trabalho respectivamente. Assú completa a lista com 1.074 empregos gerados.
Autor(a): BZN