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Pesquisadores da UFRN estudam impactos do clima e da urbanização na bacia do rio Pitimbu

14 DEZ 2023

Foto: Divulgação

A bacia hidrográfica do rio Pitimbu, que abastece cerca de 30% de Natal, está sendo visitada por pesquisadores da UFRN que integram o INCT Klimapolis, instituto que trabalha para minimizar os efeitos das mudanças climáticas em áreas urbanas brasileiras, com foco em São Paulo e Natal. “ Os contextos das cidades são diferentes, mas o problema de abastecimento e qualidade da água ocorre em todo o país e está cada vez mais crítico. Precisamos mensurar o descompasso entre oferta e demanda para mitigar os impactos e contribuir com as sustentabilidade deste sistema hídrico”, ressaltou o professor Venerando Amaro, coordenador da sub-rede de água e solo do INCT Klimapolis.

O instituto é um dos projetos prioritários do CNPQ financiado pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação. Neste trabalho de campo, que começou em Natal e foi até a nascente do rio Pitimbu, na comunidade Lamarão, em Macaíba. A meta é fazer o reconhecimento, identificar os principais impactos das alterações climáticas na qualidade e quantidade da água distribuída para a população natalense. “Vamos traçar um diagnóstico e entender o que a intensa urbanização provocou nos recursos hídricos da bacia do Pitimbu, para poder dar suporte a uma melhor gestão do território, já que a pressão das mudanças climáticas também estão gerando grande impacto”, esclareceu o professor do departamento de Ciências Climáticas da UFRN, Jonathan Mota.

A atividade de campo que ocorreu nesta quarta-feira (13) já tem retorno previsto para esta quarta-feira (20) e é baseada no projeto de pós-doutorado da pesquisadora Karine Deusdara, que tem o objetivo de quantificar a importância da infraestrutura verde nas mudanças ocorridas na bacia do Pitimbu. “Esta bacia é essencial para o abastecimento público de Natal e uma das vertentes deste trabalho, é a ciência cidadã. Por meio da democratização do conhecimento pretendemos  gerar o senso de pertencimento da população que utiliza a água dessa bacia”, explicou a pesquisadora.

O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pitimbu (CBH Pitimbu), formado por empresários, representantes da sociedade civil e de instituições públicas, acompanhou todo o trajeto percorrido pelos pesquisadores. “O CBH Pitimbu festeja a parceria com a UFRN através do Klimapolis, tendo em vista que a partir do monitoramento do rio Pitimbu será gerado um precioso banco de dados que possibilitará a efetiva gestão da nossa bacia,” concluiu.

Autor(a): BZN



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